O goleiro está na reserva de Ceni desde 2009

Muitos consideram o goleiro Rogério Ceni o maior ídolo da história do São Paulo. Principalmente essa nova geração de torcedores do Tricolor, que não viu jogar Raí, Müller, Cafu, Gerson, Pedro Rocha, etc. Mas o atual camisa 1 já disse aos quatro cantos que deve se aposentar no final da temporada. E a pergunta que fica no ar é a seguinte: será que o Dênis, seu reserva imediato, está preparado para substituí-lo? E o jovem Renan Ribeiro, que veio do Atlético/MG, poderia ser uma opção interessante?

Ouvi falar que a direção de futebol já está pensando na possibilidade de contratar um goleiro mais experiente. Estão com receio da falta de experiência dos outros goleiros. Mas posso falar a verdade? Se não derem oportunidades e sequência de jogos os caras nunca vão ter a tal experiência. Com o próprio Rogério foi assim. Ficou quase uma década na reserva do Zetti e quando teve a oportunidade, agarrou com unhas e dentes. Fora que para um goleiro o mais importante é ritmo de jogo.

O Dênis sempre entrou na roubada e falhou algumas vezes. Mas viram o que ele pegou na vitória contra o líder Cruzeiro? Pelo amor de Deus! Desde quando jogava na Ponte dava pra ver que tinha qualidade. Basta acreditar no cara, pô! O único problema dele são as bobagens que sua esposa escreve no twitter de vez em quando. Mas essa é outra história…

Ídolos sofrem com protagonismo no Tricolor

A vitória contra o Fluminense, a primeira do Tricolor sob o comando do Paulo Autuori (e não me venham com Eusébio Cup!), deu uma aliviada em boa parte dos torcedores. Afinal o time ficou 12 rodadas sem vencer no Brasileirão. Muita coisa! O engraçado é que as críticas por esse período ruim sempre caíram nas costas do goleiro Rogério Ceni e Luis Fabiano. Queria entender porque os outros sempre são poupados? Tem cara nesse grupo que ganha uma baita grana que ninguém critica. E o sujeito se esconde.

Vejam o caso do volante Fabricio, que na reserva nunca reclamou. Sempre ficou na dele. A bucha só vinha pra cima dele quando vacilou em entrevistas. Caso contrário passava despercebido. A mesma coisa acontece com o atacante Osvaldo, que chegou até a defender a Seleção. Poxa vida! Porque ninguém fala que ele está sumido e não vem jogando nem 10% do seu potencial? E olha que são supervalorizados financeiramente. O Lúcio a mesma coisa. Só saiu porque brigou. Senão estaria lá ganhando o “troco” dele naturalmente.

A verdade é que o Rogério e o Luis Fabiano não fogem das polêmicas. Sempre dão a cara pra bater e isso acaba expondo os dois demais. Comigo na época de Corinthians era algo parecido. Mas obviamente com bem menos exposição. Com experiência de causa eu senti o peso do protagonismo. É doloroso na má fase. Em compensação sei que a recompensa das conquistas vem em dobro. Quem se esconde vai ser eternamente coadjuvante. Cada um escolhe seu caminho.

Pinta de Guardiola ou de cartola???

Caros blogueiros, até acho que o Rogério Ceni tem competência para ser técnico um dia. Mas essa conversinha fiada do presidente Juvenal Juvêncio de que estaria preparando o goleiro para o cargo não cola. Que isso!?! Está mais com cara de que ele quer desviar o foco da crise que atormenta o clube do que qualquer outra coisa. Tanto é que hoje a mídia só está falando disso. Pouca gente dá importância ao jogo fraco do Tricolor que bateu o meia-boca Benfica na “conceituada” Eusébio Cup. Piada, né? Do jeito que os dirigentes posaram e discursaram após a vitória, parece até que eles vão colocar essa taça ao lado das três dos mundiais. Brincadeira?

E o vice João Paulo de Jesus Lopes? O cara saiu na frente da foto do título. Ficou encobrindo a verdadeira estrela da equipe, que é o próprio Rogério Ceni. Como se fosse o craque do time. Como se tivesse feito o gol do título. Piada de mau gosto! Acho inclusive que essa valorização do goleiro após pendurar as luvas pode ser uma estratégia política. Tipo para não fazê-lo pender para os braços do opositor Marco Aurélio Cunha.

A verdade é que o presidente no futuro poderia ser o maior ídolo do clube. Mas isso é utopia quando vemos a cena política do São Paulo. O goleiro vai ter de ralar muito para conseguir furar esse bloqueio. Aliás, pra falar a verdade, acho que o Ceni tem muito mais um perfil de diretor-executivo de futebol. Aquele profissional que faz o mei0-campo entre a diretoria e a boleirada. Tipo esse que o filho do Sócrates está exercendo. Mas técnico é muito estranho. Só que nessas décadas de futebol eu já vi cada coisa. Não dá pra duvidar de nada.

Ceni vai pendurar as luvas no final do ano

A maioria dos atletas quando chega a uma idade avançada reluta em parar de jogar bola. Isso faz com que muitos deles se arrastem em campo. Com toda a sinceridade não acho que esse é o caso do Rogério Ceni. Penso que ele já devia ter parado, é verdade, mas ainda está bem fisicamente. Faz boas defesas e até uns golzinhos. Mas como todo grande atleta, não rende mais o mesmo de outros tempos. Algo totalmente normal.

Ao ser campeão da Sul-Americana no ano passado ele manifestou o desejo de disputar mais uma Libertadores. Talvez com o sonho de pendurar as luvas com estilo. Não deu. Pior que isso. O planejamento da diretoria do Tricolor para 2013 foi tão ridículo que o clube caiu em crise profunda. Com ela os resultados que vão de mal a pior. Com direito a zona de rebaixamento no Brasileiro e ‘totó’ do Bayern de Munique. Acho inclusive que o Ceni nunca levou tanto gol em tão curto espaço de tempo.

Posso falar a verdade? É uma pena que os desmandos de Juvenais, Lecos, Adalbertos, entre outros, venham arrebentando com o fim da carreira do maior jogador da história do São Paulo. Ele merecia mais crédito, respeito e um final feliz. Vejam bem, é claro que a boleirada tem sua parcela de culpa. Afinal não estão jogando absolutamente nada. Mas pra mim os maiores responsáveis são os dirigentes.

Pobre Rogério! Merecia uma aposentaria bem mais tranquila. Até pelo que representa. Só espero que ele dê a volta por cima, assuma um dia a presidência e tenha o mesmo brilho dos gramados.

Prestes a completar 36 anos, Alex comanda o líder Coritiba

No último sábado escrevi um post questionando a volta do Juninho Pernambucano ao futebol brasileiro. Mais precisamente ao Vasco. A indagação que fiz foi a seguinte: depois de não se adaptar ao futebol norte-americano, será que pela idade avançada não estaria na hora dele parar de jogar profissionalmente? Sem intenção de parecer bairrismo da minha parte, ainda coloquei o próprio Rogério Ceni, ídolo do São Paulo, como outro exemplo. As falhas seguidas embaixo das traves não seria sinal de que ele não está sabendo o momento certo de pendurar as luvas?

Vejam bem, não tenho nada contra a longevidade dentro do futebol. Muito pelo contrário, acho até interessante e surpreendente que alguns caras consigam jogar em alto nível mesmo próximo dos 40 anos. Alguns até ultrapassam essa barreira. Só é preocupante o momento exato de dar um basta sem, digamos, o sujeito estragar o que construiu de bonito no esporte. Olha o Lúcio, zagueiro do Tricolor. O cara disputou três Copas do Mundo e só vem dando vexame. Na última derrota ainda saiu mal-humorado de campo sem falar com a imprensa. Não seria a hora de dar adeus?

Na contramão disso tudo estão atletas como o holandês Seedorf. Bem fisicamente e sobrando tecnicamente, dá pra ver que ele, mesmo aos 37 anos, ainda tem muita lenha pra queimar. É o diferencial do time do Botafogo. A mesma coisa acontece com o Zé Roberto, que acabou de completar 39 anos. Ele é o cérebro e motorzinho da equipe do Grêmio. E a bola que o Alex está jogando no Coritiba? Vem até aqui conduzindo o Coxa a liderança invicta do Brasileirão. É brincadeira? Um monstro!

Portanto, como alguns corneteiros de plantão andaram dizendo por aí, não sou contra os veteranos. Pelo contrário! Só acho que cada um deve tentar saber o momento exato de dizer CHEGA! Para o bem da própria carreira esportiva.

Juninho Pernambucano está de volta ao Vasco

Estava assistindo TV quando vi o Juninho Pernambucano se apresentando no Vasco como novo reforço para a temporada. Aí fiquei pensando, o que leva um cara de quase 40 anos, consagrado pelo mundo, se expor dessa maneira? Posso até estar errado (tomara que esteja), mas é evidente que existem limitações físicas e ele não deve conseguir manter o mesmo desempenho brilhante de antes. Desempenho inclusive que o levou a disputar uma Copa do Mundo pela Seleção Brasileira. Pior ainda é um clube com a grandeza do Vasco se apegar aos ídolos recentes para tentar ‘calar a bola’ da torcida. Ou pagar alto por gratidão. Para vai! Cadê o profissionalismo e o planejamento?

E pra não se restringir no Rio, falei a mesma coisa do Rogério Ceni. Poxa vida! O sujeito é mito no São Paulo. Mito mesmo. O que ele fez pelo clube dificilmente outro jogador conseguirá repetir. Mas chega, né? Já devia ter parado. Defendi a convocação dele para Seleção por diversas vezes apesar da idade avançada. Sua experiência poderia contribuir. Mas os erros recentes tem sido constantes. Muitos para um goleiro do nível dele. Mudei minha opinião. Acho inclusive que ele deveria parar e assumir uma função diretiva dentro do Tricolor. Acrescentaria de outra forma.

Particularmente tomei o caminho inverso. Pendurei as chuteiras cedo. Empurrei até uns 32 ou 33. Cansei dessa história de concentrações. Sentia dores terríveis nos meus tornozelos. Mas a grana de hoje em dia faz o cara seguir um pouco mais. Cada um é cada um e isso é compreensível. Mas os jogadores só tem que saber levar até o limite de não passar vergonha. De não começar a destruir o que fizeram de bom em suas carreiras. Planejar um futuro fora da bola também é um bom começo.

Ceni anunciou que deverá se aposentar no final do ano

Ídolo máximo do São Paulo nos últimos anos, o goleiro Rogério Ceni anunciou que deverá parar de jogar bola no final deste ano. Talvez isso seja reflexo das últimas falhas e dos problemas físicos constantes que vem tendo. Coisa que não era comum de acontecer. Bem, mas a pergunta que muita gente deve fazer é: qual a hora que o jogador sabe que tem que pendurar as chuteiras? Na verdade isso varia de pessoa para pessoa. Eu, por exemplo, parei em baixa no Deportivo Italchacao da Venezuela. Era a equipe patrocinada pela Parmalat no País. Fui para ganhar uns trocados quando me dei conta que não tinha mais saco para aquela vida de treinos, viagens e jogos. Muito mais que físico, era um cansaço mental tremendo. Tanto é que quando ia embarcar para um jogo do campeonato local contra o Táchira (esse mesmo que vem jogando a Libertadores), peguei minhas chuteiras, passei em casa para fazer a mala e me mandei para o Brasil. Só avisei o clube no dia seguinte.

Já amigos como Romário, Viola, Taffarel, Rivaldo e muitos outros da minha geração, ultrapassaram os 40 anos atuando em alto nível. Com essa idade o Baixinho inclusive foi artilheiro do Brasileirão de 2005 com a camisa do Vasco. É mole? Meus colegas Edmundo e Denílson, hoje comentaristas da Band, sentem falta do gramado. O primeiro foi um pouco além e teve uma linda despedida em São Januário. Diga-se de passagem estava mais inteiro que os atacantes atuais do clube carioca. Já o Denílson parou cedo como eu por sofrer problemas físicos nos joelhos e tornozelos.

O mito palmeirense Marcos foi outro que demorou a parar. Por conta disso tivemos até um problema na televisão. Disse em um comentário que ele precisava para de adiar a aposentadoria que tanto pregava. Ele se revoltou e me criticou na TV. Mas minha única intenção era esclarecer. Queria o bem dele e não constranger ninguém. Acho que depois ele entendeu. Tanto que deve estar muito mais feliz hoje curtindo a vida com a família.

Mesmo o Rogério anunciando a aposentadoria, não dá pra cravar que ela irá acontecer. Muita gente fez isso e voltou atrás. Afinal vai que lá no fim do ano a diretoria oferece mais um ano de contrato? Se ele estiver bem fisicamente é capaz de aceitar. Ele é fominha e sempre quis jogar todas as partidas possíveis. Mas se pudesse dar um conselho ao goleiro são-paulino falaria o mesmo que disse ao Marcos. A carreira que ambos construiu é linda. Cercada de sucesso e boas lembranças. O cuidado para não estragá-la pela persistência tem que ser levado em consideração em uma decisão final. Até porque a idade chega e o corpo sente. Inevitável.

Depois das críticas, como vai ficar o clima entre os goleiros?

Os fatos recentes estão comprovando que o grande problema dos maus resultados do São Paulo não é a falta de capacidade do elenco, muito menos incompetência do treinador, mas sim problemas internos entre os profissionais do departamento de futebol. Ou melhor, o popular ‘elenco rachado’. Primeiro foi aquela história do zagueiro Lúcio ficar bravinho por ter sido substituído. Depois o Ganso também reclamou do Ney Franco por não ter uma sequência de jogos. Agora foi a vez da esposa do goleiro reserva Dênis publicar em uma rede social severas críticas ao titular e líder Rogério Ceni. A frase que ela usou: “Rogério Ceni falha no primeiro gol! Ele não dá chance nem pra mãe dele…”. 

Talvez essas palavras não façam os dois perderam a amizade. Talvez seja apenas uma declaração precipitada de uma esposa que defende os interesses do marido. Mas talvez não. Só sei que de início vai gerar um tremendo mal-estar entre os caras. E esses problemas do São Paulo nunca estiveram tão óbvios. Afinal não é possível que um time de talentos individuais tão bons ficou tão inconstante. Em uma situação natural NUNCA que o Tricolor perderia do tal The Strongest na Libertadores. Para vai! Ainda mais ameaçado de ser eliminado na primeira fase.

Está mais do que na hora do presidente do clube e de sua diretoria agir com pulso firme. Fazer alguma coisa para chacoalhar com o time. E não adianta demitir treinador não. Tem que ir na raiz do problema e resolvê-lo. Aliás, o São Paulo que sempre foi reconhecido pela estrutura e planejamento, nunca teve esse tipo de problema. Que fase, hein?

Rogério Ceni faz pênalti em Pato

Quando começou o clássico do Morumbi tudo levava a crer que o Corinthians levaria uma surra do São Paulo. Tanto é que o ataque do Tricolor aproveitou a sonolência do sistema defensivo alvinegro e abriu o placar com Jadson com menos de 5 minutos de jogo. Por sinal achei bem interessante o sistema tático implantado pelo Ney Franco. Ele posicionou só o Denílson como volante e atuou com três meias. Não à toa sua equipe teve mais posse de bola e comandou as principais ações ofensivas do jogo.

O treinador e a torcida são-paulina só não contavam com a individualidade do Danilo, que marcou um golaço (a bola fez uma BAITA curva!), e com o erro grave do principal líder do time. O Rogério Ceni pisou feio na bola quando, atrasado, fez pênalti no Pato. O atacante tirou a bola com um toquinho e foi chutado pelo goleiro. O árbitro não teve dúvida em marcar. Só acho que o Rogério, como último homem e com chance clara de gol, merecia ser expulso. Não podemos também tirar a parcela de culpa do Tolói, que recuou em uma fogueira danada.

Como resultado a derrota não mudou muito as coisas para o São Paulo, que segue como líder isolado com o empate de ontem da Ponte Preta. O Tricolor está fazendo uma campanha muito boa. E olha que ainda tem um jogo a menos! Já a vitória do Timão não é surpresa. É uma equipe forte e entrosada em busca de motivação. Quando as partidas apresentam um enfrentamento diferente, normalmente a tendência de todos é melhorar. Ambos tem elencos fortíssimos e tem todas as condições e vencer o Estadual e a Libertadores. Basta encontrar um equilíbrio entre ataque e defesa. Nesse quesito o time do Tite está na frente. Até pelo tempo maior jogando juntos.

Quando o Rogério Ceni falhou no primeiro gol do Ituano, na vitória do São Paulo, muita gente me criticou por defender tanto esse goleiro. Mas a verdade é que esse erro de forma alguma arranha a história dele no Morumbi. Aliás, aos 40 anos continua jogando em alto nível. Ainda está acima da média levando em consideração os outros goleiros do futebol brasileiro. E olha que estou falando do desempenho embaixo das traves. Não vou nem contar o fato dele fazer tantos gols. Aí é covardia!

Em 2011 Ronaldo estava visivelmente sem condições físicas

Mas a discussão que gostaria de abrir nesse dia é a de qual seria o limite para a aposentadoria de um craque. Ou seja, será que essa falha do Ceni foi casual ou a idade começou a pesar? Vale lembrar também que o Romário foi artilheiro do Brasileirão de 2005 beirando os 40 anos. Só aposentou porque quis. Ainda deitava e rolava sobre os marcadores. Já Ronaldo Fenômeno teve uma temporada incrível no Corinthians em 2009. Mas quis estender um pouco a carreira e parou bem em baixa após a eliminação do Timão para o Tolima. O excesso de peso era completamente visível.

E meu amigo Viola? Aos 43 anos vestiu a camisa do Grêmio Osasco. É mole? Fisicamente inteiro ele ainda dá trabalho para muita gente. Mas será que todos pensam assim? É possível um cara com essa idade atuar como atacante em alto nível? A fisiologia é um pouco descrente em relação a isso.

Exemplos temos aos montes. Mas cada caso me parece individualizado. Cada atleta tem um biotipo diferente e absorve a idade de maneira diferente. Será que existe uma verdade absoluta para essa situação? A dúvida fica no ar.