Oswaldo de Oliveira é o preferido do gerente Edu Gaspar

Já venho falando há algum tempo que a ideia do Mario Gobbi sempre foi manter o técnico Mano Menezes no cargo enquanto o mesmo fosse presidente. E apesar de toda pressão para derrubá-lo, por incrível que pareça, esse ainda é o projeto. Mas a pergunta que não quer calar: quando sair, quem substituirá o Mano? O nome óbvio, o do Tite, é tão óbvio que acaba não sendo uma certeza tão absoluta. Ele é sim o preferido por parte da nova chapa que ficará no poder no próximo mandato (eleições marcadas para fevereiro de 2015).

Mas e se os resultados não vierem no Brasileiro de imediato? Vão ser obrigados a derrubar o Mano antes da hora. Nesse caso o mais simples e barato era ‘inventar’ uma dupla com o Sylvinho e o Alessandro. São ex-jogadores de sucesso que poderiam agradar a torcida. Mas existe uma outra opção, que é até a vontade do Edu Gaspar, gerente de futebol do clube. A de contratar o Oswaldo de Oliveira. Desde que ele deixou o Santos está desempregado.

Nessa turbulência Mario Gobbi segue tentando ser o mais correto possível. Não quer fazer nenhum contrato de técnico que ultrapasse o seu período no poder. Só não dá pra saber se a pressão por uma vaga na Libertadores permitirá essa postura até dezembro. Que fase, hein?

Gabriel tem quase o dobro dos gols de Damião na temporada

Quando Enderson Moreira assumiu o comando do Peixe, talvez orientado por algum dirigente do clube, disse na coletiva de apresentação que tinha como objetivo recuperar o futebol do Leandro Damião, artilheiro nos tempos de Internacional. Até para o presidente conseguir justificar os mais de R$ 40 milhões investidos nos direitos federativos do rapaz. Mas como o menino Gabriel Barbosa, o Gabigol, revelação da base do clube, vinha arrebentando com apenas 17 anos, o treinador resolveu promover um rodízio entre os dois. Cada jogo um entrava como titular da equipe.

Depois de quase um ano de clube, os números vem provando que o Santos atua melhor com o Gabriel em campo. Damião realizou apenas 35 jogos com a camisa do Peixe e marcou modestíssimos 9 gols. Já Gabigol fez 45 partidas e marcou 17 vezes. É o goleador do elenco em 2014. Mas números à parte, com o garoto a equipe também ganha mais movimentação. Da goleada de 5 a 0 contra o Botafogo, por exemplo, ele participou de pelo menos três gols. Com o Leandro Damião a impressão que eu tenho é que o time fica travado, com a necessidade de jogar em função dele.

Diz a lenda que o Oswaldo de Oliveira caiu porque não escalava o Damião. Não posso afirmar que isso seja verdade. Mas na minha visão sempre tem que jogar o melhor. O que produz mais e leva o time às vitórias. Independente de grana envolvida.

Rodízio só vale se for de pizza e churrasco, poxa vida!

Apesar do cansaço por defender a Seleção, Tardelli pediu para jogar no Galo

A manhã desta quinta-feira tem sido dura para o torcedor corintiano. Afinal a eliminação da Copa do Brasil, sobretudo da maneira que foi, entristeceu a Fiel. Mas a grande verdade é que temos que reconhecer a superioridade do Atlético/MG. Jogou muito mais bola durante os 90 minutos e mereceu muito essa classificação. A pergunta que me faço apenas é a seguinte: será que o time do Mano Menezes respeitou a força do Galo?

Tenho minhas dúvidas. Na entrada em campo, por exemplo, vi o Diego Tardelli escalado como titular. Já o mesmo não aconteceu com o zagueiro Gil e o meia Elias. Por que isso? Pra mim tem cara de desrespeito. O treinador achou que a vantagem do placar de 2 a 0 em São Paulo era suficiente. Quebrou a cara. Aliás, a postura dessa partida frente aos mineiros tem sido a mesma de quando o Timão encara rivais de menor expressão. Total apatia.

Arrisco a dizer que a derrota sofrida para os atleticanos nesta quarta foi uma das eliminações mais vergonhosas da história do clube. Dá pra aceitar um 4 a 1 com tranquilidade? Para vai! Placar digno de derrubar treinador. Mas isso não vai acontecer porque o Mano está fechado com o presidente Mario Gobbi até o final de seu mandato. E como o cartola vai sair do cargo em 2015, sei não se comandante se preocupou tanto com a desclassificação.

Só sei que é hora de alguém acordar no clube. O Corinthians precisa de mudanças e não são poucas.

Rogério Ceni marcou 122 gols em mais de 20 anos atuando no Tricolor

Não é novidade pra ninguém que o Rogério Ceni anunciou sua aposentadoria para o final de 2014. Diz a lenda que a partir do próximo ano ele vai se dedicar à família e ao dinheiro que acumulou merecidamente ao longo dos mais de 20 anos de carreira profissional. Pois bem, mas a pergunta que não quer calar é a seguinte: será que se o Tricolor se classificar para mais uma Libertadores ele pendura mesmo as luvas? Juro que é duro de acreditar. Ainda mais para um jogador tão ‘fominha’ como ele. Expressei minha opinião durante ‘Os Donos da Bola’ desta quarta-feira. Acho que a vontade de boa parte da massa são-paulina é que ele continue. Afinal vai ser estranho acompanhar o futebol sem um personagem como o camisa 1 do Morumbi.

Abel Braga cobra amizade sincera entre os treinadores de futebol

Alguém acompanhou o que disse o técnico Abel Braga na coletiva após a vitória do Inter sobre o Fluminense? Ele deu a entender a coisa mais óbvia do mundo: a classe dos treinadores é totalmente desunida. Ou seja, é um querendo roubar o emprego do outro. E na maior trairagem possível! Tem cara-de-pau que chega ao ponto de ligar para dirigente de determinado clube quando o companheiro de profissão está balançando no cargo. É brincadeira?

Só achei um pouco curiosa a maneira como o comandante do Inter expressou sua insatisfação. Disse que após a surpreendente goleada de 5 a 0 sofrida para a Chapecoense ele esperava ligações de consolo de outros treinadores. Que isso Abelão!? Que frescura é essa irmão? Nunca vi esse tipo de carinho no futebol e nem tem que ter. Poxa vida! Os técnicos de times grandes contam com uma infraestrutura gigantesca e bons salários para aprenderem a lidar com situações como essa.

E pense bem, a recíproca é verdadeira. Se ele deu o Dorival Junior como o único exemplo de ter ligado para ele após o chocolate dos catarinenses, inverto a situação. Será que o Abel ligou para o Junior quando o Palmeiras levou um saco do Goiás de 6 a 0? Será que ele ligou para dar uma palavra de consolo? Se ligou parabéns pra ele. Mas isso não é uma obrigação. Particularmente acho uma bobagem e é utopia pensar em união de classe. Ainda mais nesse meio de treinadores, onde tem traíra a dar com rodo. Incrível um cara competente e instruído como ele pensar nisso.

Neymar e Robinho seguram o troféu ‘mequetrefe’ do superclássico

Juro que estava tendo a maior boa vontade nesse recomeço do Dunga como técnico da Seleção Brasileira. Mas sinceramente o comportamento dele neste cargo voltou a ser inaceitável. O cara já está brigando com os colegas de imprensa e maltratou os profissionais que estavam no banco de reservas da Argentina. Chegou ao ponto de fazer sinais insinuando que os gringos estariam usando drogas. Aí é brincadeira, hein?

Pera lá, não morro de amores pelos nossos hermanos. Mas futebol é desportividade e não uma guerra. O Dunga precisa entender que do outro lado estão pais de família e não inimigos em uma batalha de vida ou morte. E mais: em jogo apenas uma tacinha com um desenho de sol bem do mequetrefe. Poxa vida! Um técnico, sobretudo da Seleção, precisa ter serenidade e saber trabalhar o equilíbrio na cabeça dos atletas. Particularmente nunca tive esse dom, até por isso não tentei ser técnico. Se lhe falta equilíbrio emocional em momentos de pressão, o Dunga devia ter ido pelo mesmo caminho que eu.

O próprio Romário, que é um amigo e defensor declarado do Dunga, afirmou com todas as letras que esse era um momento de renovação no comando da Seleção. Quem sou eu para contestá-lo? Está evidente que o Dunga tentará fazer do time verde-amarelo seu quartel general. Não duvido que a cúpula da CBF corte as asinhas dele antes da próxima Copa. Tudo é questão de interesses e não apenas resultados. Fica a dica.

A rodada deste final de semana tratou de embolar um pouco mais a classificação do Brasileirão. No sábado o Corinthians fez a proeza de perder para o conturbado lanterna Botafogo. Isso depois de vencer bem o líder Cruzeiro na quarta. Muito torcedor ficou com uma pulga atrás da orelha. Com o pensamento: “Ué, como assim?” Muito simples. Falta ao Timão comando e isso consequentemente faz os jogadores não respeitarem o adversário teoricamente mais fraco tecnicamente. É óbvio que se a equipe do Mano tivesse tido a mesma postura contra os cariocas que teve com os mineiros, seria uns 3 a o. Mas não. Perdeu e merecidamente. E não me venham choramingar o lance do pênalti. O Fábio Santos colocou a mão na bola e pronto. Tem que se questionar o treinador. Esse cara é uma incógnita pra mim.

Por outro lado quem vem mostrando um baita poder de superação é o Palmeiras. Encarou o Grêmio com o apoio da torcida no Pacaembu e venceu de virada. Com isso respirou bem na luta contra a degola. Pra mim o Verdão não cai mais. E muito em função da nova filosofia implantada pelo Dorival Junior. Aliás, a derrota de Corinthians e Grêmio foi sensacional para o Atlético/MG, que superou o São Paulo pelo placar magro e assumiu uma posição no G-4. Já o Tricolor com o tropeço caiu para terceiro. Isso porque acabou ultrapassado novamente pelo Inter. E aí tem outra situação curiosa: vai entender uma equipe que apanha de 5 da Chapecoense e dias depois mostra autoridade sobre o bom time do Fluminense. Quanta incoerência nesse campeonato, não?!

Pelo menos os gaúchos encostaram um pouco no Cruzeiro, que perdeu sua segunda partida seguida. Dessa vez a derrota foi para o Flamengo do Luxa. E um resultado daqueles incontestáveis. O rubro-negro jogou muito mais bola que os mineiros. A verdade é que sem o Everton e o Ricardo Goulart o time cai demais de produção. Fica muito difícil para o técnico Marcelo Oliveira encontrar um jeito novo de jogar. A vantagem celeste é grande na liderança, mas se vacilar tem um monte de gente babando atrás. É bom ficar esperto!

Diego Tardelli fez os 2 gols da vitória contra a Argentina

Sempre fiz algumas ressalvas ao trabalho do Dunga como treinador. Mas sou obrigado a enxergar algumas evoluções. Uma delas é apostar em um novo centroavante para a Seleção. Um cara novo, com ânimo renovado e que pode começar a construir uma história com a camisa 9 do Brasil. Diego Tardelli não é mais um garoto, é verdade. Mas aos 29 anos ele une todas as boas qualidades de um artilheiro nato: finalização, drible, velocidade e cabeceio.

Contra a Argentina ele marcou os dois gols da vitória. Os dois primeiros dele com a camisa da Seleção. E espero ser o início de uma boa sequência. A carreira de Tardelli iniciou meio conturbada no São Paulo em meados dos anos 2000. Era considerado revelação, mas dava umas quebradas de noite que interromperam uma trajetória de sucesso no Morumbi. Rodou fora do país, passou pelo Flamengo e foi brilhar com mais intensidade no Atlético/MG.

Em Minas o filho do Tadeu, que jogou comigo no Matsubara, se tornou um dos maiores goleadores da história do clube. Se não me engano é um dos 10 maiores ‘matadores’ do Galo com mais de 100 gols. Mais consciente do que é certo para sua vida profissional vejo ele como um provável parceiro de Neymar no ataque brasileiro da próxima Copa. Vale o Dunga seguir apostando.

Copa de 82: tempos de glória da Seleção Brasileira

Acredite se quiser! Há alguns a Seleção Brasileira de futebol era a grande paixão nacional. O País parava para acompanhar os jogos e tinha a escalação na ponta da língua. Mas a verdade é que de uns anos para cá tudo isso caiu por água abaixo. As pessoas que dirigem a CBF deram uma bica no lado lúdico do esporte para transformar o time verde-amarelo em um produto rentável. Nada mais do que isso. Chegando ao cúmulo de contratar uma empresa só para vender os jogos do Brasil. É brincadeira? Até convocam de acordo com o marketing que determinado atleta traz ao confronto.

Veja só o caso da partida deste sábado. Como pode um Brasil x Argentina, que resgata os tradicionais duelos da Copa Roca, ser disputado em Pequim, na China? Para vai! Tem gente otimista que vai falar em globalização. Mas esse jogo lá tão tem nada disso. Os caras arrebentam com os clubes por aqui e só pensam em dinheiro. Uma prova disso é que o Dunga se viu obrigado a convocar o Kaká, que está muito longe de merecer uma oportunidade de retorno. Só foi chamado pela aceitação do nome do jogador no ‘mercado asiático’. Aliás, acho que só não colocaram o nome do Ronaldinho na lista porque senão daria muito na cara o esquema caça-níquel.

Hoje em dia a molecada não está nem aí para a Seleção do Brasil. Pouca gente para o que está fazendo para acompanhar os amistosos. Ninguém nem sabe quem joga. O que mais se houve falar é: “Ah, tem aquele cabeludinho, né?”. Ridículo! Perdemos identidade. Fora o placar vergonhoso de 7 a 1 na Copa para a Alemanha que destruiu com o resto de imagem positiva que ainda tínhamos pelo mundo.

É…. quem diria…. a Seleção Brasileira virou o mais bem acabado exemplo de sucesso deteriorado por má administração de cartolas.

P.S.: O Brasil venceu a Argentina por 2 a 0, dois gols do Diego Tardelli, e pouca gente sabe que teve esse jogo. Como pode isso? Em outros tempos isso nunca aconteceria.

Ídolo do clube, o volante Ralf caiu de produção em 2014

Durante algumas temporadas o torcedor do Corinthians se acostumou a escalar o Ralf em seu meio-campo. Não dava pra encontrar uma pessoa sequer na Fiel que deixava o volante de fora de seu time titular preferido. E com razão, né? Afinal o camisa 5 sempre foi peça-chave em alguns dos principais títulos do clube entre 2011 e 2013. Compôs uma dupla quase que perfeita com o Paulinho, que hoje defende o Tottenham na Inglaterra.

Pois bem, Ralf também teve propostas de fora do País. Inclusive uma sondagem feita pelo poderoso Bayern de Munique do técnico Guardiola. Acontece que nada se concretizou e ele ficou no Timão. Já são quatro anos vestindo a camisa alvinegra e quase 300 jogos. Por alguma razão em 2014 ele não tem tido o mesmo rendimento de outros tempos. Tem errado passes simples, a disposição na marcação caiu e os problemas físicos apareceram. Resultado: se lesionou, foi substituído e o time melhorou radicalmente de produção.

Por incrível que pareça hoje o intocável Ralf já não é tão intocável assim. Vejo muitas pessoas preferindo esse sistema de volantes funcionando com Bruno Henrique e Petros. A pegada aumenta e a saída de bola ganha em qualidade. É claro que o camisa 5 precisa ser respeitado como ídolo, mas se ele não voltar a jogar bem será ultrapassado pelos companheiros de elenco. Isso pode significar o fim do ciclo de mais um campeão mundial do Timão.