Atacante este no Náutico em 2012

Quem me acompanha sabe que sempre fui um dos maiores defensores do Alexandre Kalil, presidente do Atlético/MG. Na minha visão ele é um cara ousado e que sabe pensar grande com responsabilidade. Lembro que no final do ano passado fiquei animado quando foi divulgado o interesse do Galo em um grande reforço para o ataque. Entre os nomes estavam Diego Tardelli, Robinho e Vágner Love. Qualquer um deles seria sensacional. Em princípio sugeri até o Tardelli, porque dos três é o menos ‘caro’ e tem uma baita identificação como o clube mineiro.

Só que para minha surpresa a diretoria anunciou o Araújo como a tal estrela. É brincadeira, né? Nada contra o atacante, que até recuperou um pouco do bom futebol no Náutico. Mas ele não vai chegar para resolver. Nem aqui, nem na China. Pra falar a verdade a única vez que vi esse atacante em grande fase foi no Goiás e no futebol japonês no início dos anos 2000. Depois só somou altos e baixos na carreira. Talvez o que tenha motivado o Kalil a contratá-lo tenha sido a boa passagem pelo arquirrival Cruzeiro em 2007. Principalmente no início, quando chegou inclusive a ser artilheiro do Estadual.

Só que me desculpem os atleticanos, isso é muito pouco. Não condiz com a mentalidade que o próprio Kalil quis implantar no Galo. Posso até queimar minha língua, mas não acredito que o Araújo renda o que parte dos dirigentes espera. Ainda mais com Jô e Alecsandro no elenco.

Se a ideia do Kalil era surpreender, conseguiu. Mas frustrando os torcedores.

Em tempo: Se o Araújo não é a estrela que tanto se falou (e como o próprio Kalil disse, segundo os blogueiros), então porque contratá-lo? Para compor elenco? Então com a tal cereja serão quatro atacantes de renome mais os moleques da base? Alguém vai bater a cabeça em algum momento. Ter elenco de qualidade é bom, mas inchá-lo de medalhões pode ser perigoso para um planejamento. O Cuca sabe disso. E mais, tenho minhas ressalvas sobre contratar um jogador de 35 anos em baixa na carreira.

Atacante voltou para o CSKA da Rússia

Sei que a nova diretoria do Flamengo assumiu com a política de diminuir os custos da folha de pagamento. Equilibrar as finanças do clube. Está certo. Até porque teoricamente é algo que não acontece há décadas na Gávea. Mas ainda assim achei péssimo para o time a perda do Vágner Love. Fico pensando se não tinha mesmo jeito de mantê-lo no elenco. Poxa vida! Esse cara é sem dúvida um dos três grandes centroavantes do futebol brasileiro. Fazê-lo voltar à Rússia é um tremendo desperdício técnico.

Agora o Mengão, que já tinha se ‘livrado’ do Deivid ainda na temporada passada, ficou apenas com Liédson como nome forte para a posição. Mas honestamente tenho minhas dúvidas se ele aguenta o ano todo. Já sofria com problemas físicos desde os tempos de Corinthians.

Correr atrás de alguém nesse momento? Quem? Só se for algum jogador jovem e surpreendente. Porque os feras já estão praticamente todos empregados e caros. E mais: substituir o Love na bola não é para qualquer um. Tem gente falando que ele foi mal em 2012. Também, né? Quem foi bem no Flamengo?

Só espero que realmente essa nova mentalidade revolucione a política rubro-negra. O clube está precisando. Já deram a primeira bola dentro contratando o Elias, que é um excelente jogador. Só que o Love vai deixar saudades! E como!

Zagueiro pode ir para o Corinthians em 2013

Todo mundo já dava o negócio do Dedé com o Corinthians como encerrado. A pedida do Vasco teria sido alta. Segundo consta na mídia esportiva os dirigentes paulistas pularam fora do barco. Bem, não foi o que soube. Tenho a informação que o Timão ainda segue bem interessado na contratação do zagueiro cruz-maltino. As partes estão conversando e o jogador se mostrou super disposto a vestir a camisa corintiana ainda neste semestre.

O que pega realmente são os valores pedidos pelo clube carioca: algo em torno de 10 milhões de euros. Os cartolas paulistas ofereceram o mesmo número. Só que em reais. Claro que o negócio enrola aí. Só que um facilitador seria a dívida do Vasco com Dedé. Isso poderia ser abatido no ato da transferência. Ou seja, o zagueiro abriria mão para poder mudar de ares. É bem difícil, mas nada impossível.

A única coisa que ficou clara é que o Corinthians não vai cometer o mesmo erro agora que aconteceu nas conversas com Montillo. Se não tiver um consenso, fim de papo. Nada de leilão.

O São Paulo acabou de anunciar a contratação do jovem atacante Wallyson, de 23 anos, que chega do Cruzeiro com a missão de ser mais uma sombra para Luis Fabiano. Particularmente acho esse menino um bom jogador. É um tanto irregular, mas bom de bola. Sabe fazer gols. Agora o que definitivamente não pode acontecer é o Tricolor transformá-lo em um novo jogador ‘descartável’. Vejam só o que fizeram com Willian José e  Henrique. Os  os indicativos são quase os mesmos.

Wallyson acertou a ida para o São Paulo

Hoje jogador do Grêmio, Willian tinha a prerrogativa de ter sido campeão com a Seleção Sub-20 antes de desembarcar no Morumbi. Apesar de ter feito muitos gols, sido artilheiro do time no Paulistão e na Sul-Americana em 2012, o clube optou por liberá-lo. Situação que não ficou 100% esclarecida. Problemas com empresário? Discurso errado do jogador? Pediram grana demais pelos seus direitos? Não sei.

Com o Henrique ficou mais estranho ainda. O moleque tinha ido bem nas poucas oportunidades no São Paulo. Depois arrebentou no Sub-20 sendo eleito até o Bola de Ouro do último Mundial da categoria. Depois o São Paulo o descarta? Que isso? Alguma coisa está errada em toda essa história. Agora só espero que não façam o mesmo com o Wallyson. Tem que dar oportunidade e acreditar.

Foi assim com um certo atacante da década de 80. Um jovem Careca desembarcou no Morumbi e foi muito inconstante nas primeiras temporadas. Depois se transformou em um dos maiores jogadores da história do Tricolor. Não é querer compará-lo. Não é isso. Mas apenas uma questão de acreditar no potencial desses meninos. Só isso. Às vezes aparece uma joia bruta. Vai saber…

São Paulo tem usado profissionais na Copa SP

Entra ano e sai ano e a Copa São Paulo de Futebol Junior, que sempre teve um valor inestimável para a evolução do futebol brasileiro, fica mais inchada e sem graça. Vejam só, em 1982, na única edição que atuei pelo Guarani de Campinas, eram apenas 16 equipes. Mas naquele tempo se via no gramado os melhores jovens jogadores de cada grande clube em uma intensa disputa. Não é essa várzea desenfreada. Aliás, chamar esse modelo de Copinha de várzea é uma ofensa à várzea, que hoje em dia tem campeonatos muito mais organizados que alguns torneios profissionais.

Falem a verdade, não dá para levar a sério um campeonato que reúne 100 times. Acho que é o maior do mundo em quantidade. Pelo amor de Deus! Vários deles bancados por empresários. Em uma espécie de balcão de negócios explícito. Outros totalmente desconhecidos e inexpressivos, como Espigão, Guaicurus, Lideral e Sumaré. Isso sem contar a relação de homônimos como Corinthians/AL, Cruzeiro/DF, Santos/AP e Americano/MA. É mole?

Particularmente me recuso a assistir essas partidas pelo menos antes da semifinal. A partir daí que dá pra levar a sério. Aliás, se for analisar criteriosamente, a Copinha tinha que ter o objetivo principal de revelar atletas para o time profissional. E como muitos que disputam nem tem time profissional, esse foco se perde. Os grandes usam até jogadores do time de cima para vencer. A meta, por sinal, ficou em vencer. Independente de qualquer coisa. Isso tira a graça e o real objetivo de um torneio de revelação de talentos.

Em tempo: Entendo que muita gente critique meu post dizendo que são poucas oportunidades disponíveis para garotos. Mas não se pode organizar um evento tão importante dispondo de tamanha deficiência técnica. Se fossem 100 times de algum nível, até que tudo bem. Mas nessa edição nem 20% tem a qualidade que o evento se propõe. Portanto as pessoas que organizam deveriam ter um pouco mais de atenção e trabalhar nesse sentido. Já a garotada que quer oportunidade, vai fazer peneira e lutar por um espaço. Não é demérito para ninguém. 

Nesta quinta-feira entrevistei o cartola Marcelo Teixeira, que por mais de uma década presidiu o Santos Futebol Clube. Nas mãos dele o clube revelou praticamente toda uma geração de ‘Meninos da Vila’ em 2002, entre os quais Diego e Robinho. Aliás foi o próprio Teixeira quem negociou o ex-camisa 7 pela quantia recorde até então de US$ 30 milhões com o Real Madrid da Espanha. Ele deixou o clube em 2009 depois de uma polêmica disputa eleitoral com o hoje mandatário Luís Álvaro de Oliveira. Nesta entrevista o ex-presidente criticou ferrenhamente o comportamento político da atual diretoria em relação aos contratos de Neymar e Paulo Henrique Ganso. Veja agora esse polêmico ‘Papo Reto’! Lembrando que ele vai ao ar todas as quintas às 17h sempre com um personagem diferente.

Neymar segue como grande estrela do Santos em 2013

Não dá pra negar que a contratação do meia Montillo foi sensacional para as pretensões do Santos em 2013. Certamente ele é um dos três melhores meias em atividade no Brasil. Pra completar a diretoria ainda trouxe o Cícero, que apesar da instabilidade no São Paulo, também é muito bom de bola. Dizem ainda que o Marcos Assunção, a pedido do próprio Muricy, tem tudo para acertar com o Peixe nas próximas horas.

Outro bom nome que tem conversas adiantadas é o meia-atacante Nenê, um dos principais jogadores do Paris Saint Germain nos últimos anos. Seria a formação de um baita elenco! Só que o maior reforço do Santos sem dúvida alguma é a manutenção do Neymar. Não me canso de elogiá-lo. Ele tem tudo para conduzir o clube ao tetracampeonato estadual, algo que não acontece há muito tempo (o Paulistano venceu de 1916 a 1919). Por sinal o time santista é o único dos grandes paulistas que não estará na disputa da Libertadores. O que cria uma espécie de obrigação de ter sucesso nesse Paulistão.

Aliás, com esse timaço o Santos tem a obrigação de voltar a disputar a principal competição continental. Só não está nessa edição porque ao meu ver fez um planejamento equivocado em 2012. Perdeu muita gente após a derrota para o Corinthians e não repôs. Agora tudo parece diferente. Enquanto boa parte dos técnicos descansou nas férias,  Muricy esteve ativamente trabalhando em busca de reforços para o Santos. Vamos ver se dá resultado, né?

Marcos Assunção chora em sua despedida do Palmeiras

O ano que era pra começar como uma espécie de redenção ao Palmeiras, está se mostrando uma várzea ainda maior. A diretoria tem dado moral e manteve o tal chileno no elenco (nem falo mais o nome desse sujeito!), mesmo com o baita salários e as faltas constantes. Na contramão disso tudo os mesmos cartolas desdenharam o Marcos Assunção, que podem falar o que quiserem, foi um dos melhores jogadores do Verdão nas duas últimas temporadas. Dos pés dele saíram os principais lances ofensivos do time.

A verdade é que não tenho vergonha de defender gente decente. E o Assunção é um desses exemplos. Ele criou um vínculo com o torcedor alviverde. Lembro de ter sido o primeiro a pedir para ficar e tentar tirar o clube da Segundona. Se emociona ao falar do Palmeiras. E não são lágrimas de crocodilo como muitos por aí. Em segundo lugar não pediu esses salários exorbitantes que gente da mídia gosta de inventar. E mais: tem uma dívida alta do próprio clube com ele. Isso ele nunca falou. Até por respeito a entidade.

Acho que perdê-lo nesse momento de crise técnica e financeira pode ser muito ruim para o Verdão em 2013. Aliás, se o Marcos Assunção fosse tão mercenário como alguns corneteiros pintam, não teria tanta gente interessada no futebol dele. Por sinal o Muricy já teria dado o aval para o Santos contratá-lo até o final do ano. É mole?

São essas incoerências que me irritam no Palmeiras. Muitas atitudes erradas que acabam estourando lá na frente. E não adianta o torcedor ficar me cornetando. Estou apenas tentando visualizar o que seria melhor para o clube. Só com o Barcos, o Henrique e mais dois ou três não vai dar não. Escutem o que estou dizendo.

Argentino e uma de suas quatro bolas de ouro

Sei que alguns brasileiros torcem o nariz para o futebol argentino. Até pela rivalidade eterna entre as duas Seleções. Mas não dá pra contestar a competência do baixinho Lionel Messi. Ele acabou de ganhar pela quarta vez o prêmio da Fifa de melhor jogador do mundo. Um recorde! Superou gênios recentes como Zidane e Ronaldo com três troféus cada. Posso falar a verdade? Mais do que merecido.

É verdade que existe uma grande rivalidade dele com o Cristiano Ronaldo, que também é um baita jogador. Mas hoje não existe no futebol ninguém parecido com o argentino. Tem muita gente que coloca o Neymar entre os melhores do planeta. Ele realmente está. Mas não chega perto desse rapaz. Por isso inclusive muita gente questiona a permanência do atacante do Santos no Brasil. De repente, jogando fora daqui, ele consiga se equiparar ao gringo.

Mas Messi é um monstro sagrado. Do nível de Pelé e Maradona. Ficará na história como um dos melhores de todos os tempos. E me impressiona o comportamento humilde desse rapaz. Se continuar a quebrar todos os recordes, sei não se lá na frente ele não pode se tornar o maior dos maiores. Só o tempo dirá.

Eu sei que o assunto já aconteceu há uns três ou quatro dias. Mas sempre fico indignado com a atitude racista das pessoas. Sobretudo no futebol, que é minha área de atuação. Não me conformo com caras que vão ao estádio para ver festa e ficam com essa babaquice de menosprezar os outros pela cor de pele. É simplesmente ridículo! Apoiei completamente a atitude do Prince Boateng, meia alemão de ascendência ganesa, que atua no Milan.

O time dele estava jogando um amistoso contra o pequeno Pro Patria quando foi alvo de xingamentos. Ele não teve dúvidas e deixou o gramado ainda no começo do jogo. Sensacional! Foi muito bem. O que mais me impressiona que esse tipo de coisa não compete apenas a alguns italianos. Tem muita gente pelo mundo e infelizmente brasileiros que cometem essas atrocidades. Ainda bem que por aqui é crime. Desculpem minha ignorância, nem sei se isso acontece por lá.

Mas essas coisas me fazem valorizar um clube como o Vasco, que foi o primeiro time brasileiro a aceitar negros oficialmente em seu grupo de jogadores. Também me faz ser fã de personagens como Nelson Mandela, que fez de tudo para detonar com aquela bobagem do ‘Apartheid’ na África do Sul. Recomendo a todos assistirem ao filme ‘Invictus’. Mostra como o líder Mandela usou o esporte para minimizar o racismo no País. Demais!!!

Vejam só a atitude do Boateng. Ele já era bom jogador, agora deu show por sua personalidade: