Messi pouco fez contra o Bayern de Ribery

Lá no século XVII, quando ninguém sabia nada sobre nada, o físico inglês Isaac Newton falou: “Tudo que sobe, desce!”. Estava atestada a lei da gravidade. Pois é, passados alguns séculos, e tentando adequar essa regra ao futebol, o Barcelona provou na tarde desta quarta-feira que as palavras do cientista gringo estão mais atuais que nunca. O super-time de Lionel Messi, Xavi e Iniesta, campeão de praticamente tudo nos últimos anos, começou a derrapar na curva.

Na temporada passada já tinha caído diante do Chelsea nas semifinais da Liga dos Campeões. Aliás, perderam também o Campeonato Espanhol para o arquirrival Real Madrid. Agora foi a vez dos catalães serem literalmente humilhados pelos alemães do Bayern de Munique. A equipe do Tito Villanova sofreu nada mais, nada menos que 7 gols nas duas partidas eliminatórias. Placares completamente incomuns para esse time que ainda é a base da Seleção Espanhola campeã do mundo.

Muita gente se pergunta o que estaria havendo com o Barcelona. A inesperada lesão do Messi teria prejudicado tanto assim? Aliás, será que essa equipe é de fato tão dependente do craque argentino? Ou o equilíbrio seria mesmo proporcionado pelo ex-técnico Guardiola? Coincidência ou não a instabilidade mais aguda começou a afetar o Barça quando ele deixou o Camp Nou.

Perguntas difíceis de serem respondidas, mas Newton já dizia “tudo que sobe, desce!”. Porque com o Barça seria diferente???

Argentino e uma de suas quatro bolas de ouro

Sei que alguns brasileiros torcem o nariz para o futebol argentino. Até pela rivalidade eterna entre as duas Seleções. Mas não dá pra contestar a competência do baixinho Lionel Messi. Ele acabou de ganhar pela quarta vez o prêmio da Fifa de melhor jogador do mundo. Um recorde! Superou gênios recentes como Zidane e Ronaldo com três troféus cada. Posso falar a verdade? Mais do que merecido.

É verdade que existe uma grande rivalidade dele com o Cristiano Ronaldo, que também é um baita jogador. Mas hoje não existe no futebol ninguém parecido com o argentino. Tem muita gente que coloca o Neymar entre os melhores do planeta. Ele realmente está. Mas não chega perto desse rapaz. Por isso inclusive muita gente questiona a permanência do atacante do Santos no Brasil. De repente, jogando fora daqui, ele consiga se equiparar ao gringo.

Mas Messi é um monstro sagrado. Do nível de Pelé e Maradona. Ficará na história como um dos melhores de todos os tempos. E me impressiona o comportamento humilde desse rapaz. Se continuar a quebrar todos os recordes, sei não se lá na frente ele não pode se tornar o maior dos maiores. Só o tempo dirá.

Messi está superando o ‘Rei’ nos números

O brasileiro deve estar me xingando só em ler essa manchete no blog. Ms esperem um pouco! É claro que bola por bola sou mais o nosso ‘Rei’ do futebol. Pelé foi tricampeão do mundo pela Seleção Brasileira e colecionou títulos coletivos e pessoais com a camisa do Santos. Os números dele foram tão expressivos que ninguém imaginou que no futebol moderno, onde a marcação é tão intensa, haveria alguém capaz de chegar perto. Pois é, eis que neste novo século surge um argentino baixinho que tem apresentado um retrospecto impressionante. Lionel Messi, de apenas 25 anos, saiu ontem da partida do Barcelona contra o Spartak pela Liga dos Campeões com mais um recorde garantido, o de gols internacionais numa só temporada. Está ao lado do inglês Vivian Woordward, autor de 25 gols em 1909. Ou seja, uma marca que durava 103 anos. É brincadeira???

De quebra ele ficou mais perto de Gerd Müller como recordista em balançar as redes em uma única temporada. Para chegar ao alemão, faltam cinco – o argentino tem 80. Nesse quesito o gringo já deixou o Pelé para trás há muito tempo.

Talvez o que mais diferencia ele do Pelé são os números defendendo suas respectivas Seleções. Enquanto o gênio brasileiro fez tudo o que poderia com a camisa amarela, o craque argentino até aqui decepciona. Tem sim título do Mundial Sub-20 e até uma medalha de ouro em Pequim em 2008. Mas isso é muito pouco para quem brilha tão intensamente no Barcelona.

Só para se ter um exemplo, em clubes, Pelé conquistou dois títulos continentais (Libertadores) pelo Peixe. Messi já tem três Ligas dos Campeões da Europa. É mole? É duro cravar que o hermano vai ser melhor no fim da carreira. Os mais saudosistas nem sonham com isso. Nem eu acho que com a bola no pé isso é possível. Mas é fato que tempo está passando, a bola rolando e o argentino está aos poucos ultrapassando os números do brasileiro. Na real? Gênio por gênio sou muito mais Pelé e Maradona. Só que falou em objetividade e recordes de gols e títulos, pensou nesse moleque argentino que é muito bom de bola.

Ah! E se o Neymar sonha em superá-lo um dia, precisa ir para o Velho Continente encará-lo de igual para igual.

Por mais que a gente tente ter respeito pela Fifa, que verdadeiramente é a entidade que organiza o futebol mundial, é difícil de engolir determinadas atitudes. Os caras anunciaram recentemente uma lista com ‘suspostamente’ os 23 melhores jogadores do planeta. Não satisfeitos incluíram os nomes dos 10 maiores técnicos do País. E tem cada coisa, viu? Entre os boleiros tem aberrações como Yaya Touré, Piqué  e até o grosso do Sérgio Ramos. Para vai! Na realidade alguns deles são até bons jogadores. Mas longe, muito longe de ser melhor do mundo. O corintiano Paulinho, por exemplo, põe o tal de Busquets no bolso. E o tal Van Persie? Meu Deus! Tem um monte de gente que idolatra esse cara. Pra mim não passa de um trombador.

Messi deverá levar seu quarto troféu de melhor do mundo

Inquestionáveis mesmo são Messi, Cristiano Ronaldo, os espanhóis Iniesta, Xavi e Xabi Aloso e goleirões como Neuer, Casillas e Buffon. Pra falar a verdade até o colombiano Falcão Garcia é bom de bola. Merece a lembrança. Me surpreende ver que o Brasil, que sempre foi o País do futebol e tradicionalmente colecionava nomes em eventos como esse, só teve o santista Neymar como indicado. E não dá pra negar que é com um baita merecimento. Só acho ridícula a Fifa denominar o prêmio como melhor jogador do mundo. Poxa vida! Os caras só analisam a Europa! E a Argentina? E o Brasil? Será que ninguém por aqui joga bola melhor que esse monte de zé ruela que está entre os 23?

E o caso dos treinadores? Elencaram 10. Todos na Europa. Entre eles o técnico do Bayern, Jupp Heybckes, e o da Seleção italiana, Cesare Prandelle. Dois caras que não venceram absolutamente nada na temporada. Ou seja, e o Tite? O cara foi campeão brasileiro e da Libertadores da América. E o Muricy, que ganha tudo há muito tempo? Nem uma lembrança? Para vai! É por isso que achava que os brasileiros deveriam dar pouca importância para essa premiação exclusivamente européia. Até porque os caras da Fifa nem lembram que a gente existe.

Não sou louco de questionar a capacidade técnica do Neymar. Aqui mesmo já cansei de elogiá-lo. Mas espere um pouco, o santista vem deixando muito a desejar no critério psicológico. Todas as vezes que a Seleção precisa pra valer, ele refuga. Com o Santos no Mundial de Clubes, no final da última temporada, aconteceu a mesma coisa. O Peixe levou um vareio de bola do Barcelona e o camisa 11 foi notado em campo mais pela cabeleira do que propriamente pelas jogadas de efeito.

Neymar pediu a camisa do Messi antes do amistoso

Tudo bem que o duelo entre Brasil e Argentina do último sábado era apenas uma amistoso para os americanos verem de perto. Mas ainda assim é um clássico especial. Desses que todos os jogadores de futebol gostariam de participar. Era mais uma chance do Neymar provar que tem tanta competência quanto o Messi.

Mas ao mesmo tempo que o argentino dava show, marcando três dos quatro gols dos hermanos, o craque brasileiro se escondia. Não produziu nem 1% do que se esperava dele. É por isso que concordo com aqueles que dizem que Messi está na frente de todos. Ele tem muito mais experiência internacional e desprendimento. O brasileiro precisa trabalhar essas coisas para tentar crescer ainda mais na carreira (mundialmente falando) e sair da sombra desse gringo. Aliás, chega desse negócio de pedir a camisa do cara antes do jogo! Personalidade e um pouco de prepotência nessas horas não fazem mal a ninguém.

Drogba fez o único gol da vitória sobre o Barça

Ninguém contesta a capacidade técnica do Barcelona. Desde que assumiu o cargo o Guardiola tem conseguido extrair o que há de melhor em seus craques. Sobretudo do argentino Lionel Messi, que está no auge da forma física. Agora ninguém é imbatível, né? Vacilou, dança! Tanto é que bastou uma equipe jogar com inteligência e frieza para vencer os espanhóis. Mas, diga-se de passagem, não foi qualquer time. Esse tal de Chelsea, que até outro dia era um clubinho de bairro, se transformou em uma das maiores potência do futebol mundial. O russo Abramovich, dono da grana, conseguiu revolucionar as coisas por lá.

Só que independente do bom resultado em Londres, fruto do golzinho solitário do bom atacante Drogba, ainda acho que na Espanha, com o apoio da torcida, vai ser difícil para os ingleses ficarem com a vaga. Até porque é fato que individualmente os catalães são bem superiores. Sobretudo na qualidade de seu meio-campo. Tanto é que nesse duelo do Stamford Bridges o Barça teve muito mais oportunidades de gols. Chutou até bola na trave.

Mais uma coisa é certa. Se os ‘Azuis’ contarem novamente com a falta de pontaria dos rivais e o Petr Cech não sofrer gols, eles serão considerados verdadeiros heróis. Os algozes do imbatível Barça de Messi. E digo mais, dificilmente não conquistarão o título da Liga já que estarão mais embalados e motivados que Real ou Bayern.