Triste fim do ex-melhor futebol do mundo
Neto
Quando criança cresci vendo grandes jogadores na Seleção Brasileira. Eram timaços com Rivellino, Dirceu Lopes, Jairzinho, Paulo César Caju e muitos outros. Com o passar dos anos nunca perdemos a nossa essência. Até durante a fila de 24 anos sem títulos mundiais, de 1970 a 94, sempre cultivamos gerações de craques. Afinal quem não se lembra da turma do Telê da Copa de 82? Pelo amor de Deus! Um amontoado de gênios da bola que não conquistou nada. Um verdadeiro desperdício. Mas foi tão marcante que não dá pra esquecer de Zico, Sócrates, Falcão, Cerezo e companhia.
Depois teve a base do tetra de 94 que, apesar de muito criticada pelo pragmatismo, era muito boa. Grandes zagueiros, excelentes meias, laterais de extrema categoria e uma dupla formada por Romário e Bebeto lá na frente. E com direito a Ronaldo e Müller no banco. É brincadeira? Depois uma nova safra chegou com Ronaldo, Ronaldinho, Rivaldo e muitos outros. Estava consolidado o pentacampeonato do mundo e a fama de melhor futebol do planeta.
Sei lá! Alguma coisa aconteceu nos últimos anos. Com os problemas físicos de Kaká, o sumiço de Adriano e o baixo rendimento de Robinho, nossa Seleção ficou orfã. A fonte parece ter secado. Estranho. Nos limitamos a apenas um craque: Neymar. Do restante apenas bons jogadores. Sem o comando ideal passamos vergonha na Copa do Brasil. Fomos eliminados jogando uma bolinha pequena e sofrendo a pior goleada da história dos Mundiais: um humilhante 7 a 1 para a Alemanha. Não bastasse isso deixamos escapar o terceiro lugar levando um 3 a 0 dos holandeses. Fim melancólico.
O duro não é isso. O duro é tentar encontrar uma luz no fim do túnel. Reencontrar nossos craques. Tá difícil.