Ídolos sofrem com protagonismo no Tricolor

A vitória contra o Fluminense, a primeira do Tricolor sob o comando do Paulo Autuori (e não me venham com Eusébio Cup!), deu uma aliviada em boa parte dos torcedores. Afinal o time ficou 12 rodadas sem vencer no Brasileirão. Muita coisa! O engraçado é que as críticas por esse período ruim sempre caíram nas costas do goleiro Rogério Ceni e Luis Fabiano. Queria entender porque os outros sempre são poupados? Tem cara nesse grupo que ganha uma baita grana que ninguém critica. E o sujeito se esconde.

Vejam o caso do volante Fabricio, que na reserva nunca reclamou. Sempre ficou na dele. A bucha só vinha pra cima dele quando vacilou em entrevistas. Caso contrário passava despercebido. A mesma coisa acontece com o atacante Osvaldo, que chegou até a defender a Seleção. Poxa vida! Porque ninguém fala que ele está sumido e não vem jogando nem 10% do seu potencial? E olha que são supervalorizados financeiramente. O Lúcio a mesma coisa. Só saiu porque brigou. Senão estaria lá ganhando o “troco” dele naturalmente.

A verdade é que o Rogério e o Luis Fabiano não fogem das polêmicas. Sempre dão a cara pra bater e isso acaba expondo os dois demais. Comigo na época de Corinthians era algo parecido. Mas obviamente com bem menos exposição. Com experiência de causa eu senti o peso do protagonismo. É doloroso na má fase. Em compensação sei que a recompensa das conquistas vem em dobro. Quem se esconde vai ser eternamente coadjuvante. Cada um escolhe seu caminho.

Tricolor precisa voltar a lotar o Morumbi

Tem muita gente criticando a decisão da diretoria do São Paulo de reduzir os ingressos dos jogos no Campeonato Brasileiro. Uns dizem que fazendo isso o clube se desvaloriza, outros mais radicais levantam questões políticas. Acham que o Juvenal quer puxar o saco da torcida. Posso falar a verdade? Pra mim isso é uma sacada interessantíssima. Independente do motivo. Primeiro porque traz o torcedor novamente pra perto do time. Depois, claro, porque alivia o bolso dos caras (Ficará R$ 10 o ingresso inteiro / R$ 5 meia entrada / R$ 2 para sócio-torcedor).

E a estratégia vale para todos os jogos do Tricolor no Morumbi. Ou seja, ainda faltam muitos. Afinal só passou um terço do campeonato. Quem reclama, quem diz que os caras estão desesperados, está se precipitando. Vamos deixar as coisas acontecer e depois tiramos as conclusões, certo?

Se os jogadores do São Paulo perceberem o significado disso tudo tenho convicção que essa equipe não cairá para a Segunda Divisão.

Já vi de tudo no meio esportivo. Tem cada coisa de fazer a gente ficar de cabelo em pé. Mas vou ser sincero que presidente mandar agredir torcedor, nunca tinha visto. Confesso que tenho uma admiração enorme pelo Juvenal Juvêncio. No tempo em que joguei pelo Tricolor ele era diretor de futebol e sempre se mostrou extremamente competente e profissional. Aliás, logo que assumiu o comando do clube encaixou um tricampeonato brasileiro impressionante. Pra consagrar qualquer cartola. Mas acho que de uns tempos para cá a situação ficou insustentável. Irregularidade do time dentro de campo tudo bem, mas quebrar pau com associado é o fim da picada. Vejam abaixo as imagens exibidas nesta segunda-feira no ‘Os Donos da Bola’ da Band e tirem suas próprias conclusões.

Os amigos Fabuloso e Ceni já não se entenderiam tão bem assim

Se um tempo atrás eu falasse que o Corinthians nadaria em boa fase e o São Paulo em crise profunda tirariam sarro de mim. Me chamariam de louco e clubista. Mas o obvio aconteceu! Calma tricolores, nada contra o time do Morumbi, que tem uma história maravilhosa de glórias e conquistas. O problema é que o fatos provaram que perpetuar poder em clubes de futebol não dá nada certo. É importante o rodízio de opiniões, de ideias e conceitos. Não tenho duvidas de que os maiores responsáveis por essa má fase são os cartolas do time. Sobretudo o presidente Juvenal Juvêncio, que apesar dos bons serviços prestados, não larga o osso. Ah, lógico, tem também o Sr. Adalberto Batista, que como diretor de futebol não sabe quantos gomos tem uma bola.

Incrível como eles montaram um elenco disforme para essa temporada e cheio de panelinhas. Outra coisa, colocaram a culpa no técnico Ney Franco e os resultados recentes comprovaram que estavam errados. Não era o único culpado. Até porque a equipe só perdeu depois que o ex-comandante deixou o cargo. Me bateram que os dois grandes ídolos do clube, Rogério Ceni e Luis Fabiano, estariam brigados. Não sei se é verdade. Eles acabaram desmentindo publicamente. Mas pensem comigo, eles falariam o contrário aos repórteres? Para vai!

Só sei que do jeito que a coisa está não dá pra ficar. O Paulo Autuori terá muito trabalho para engrenar esse elenco. E se fosse eu faria uma reformulação drástica. Senão nada vai mudar. Vejam só um trecho da matéria que exibimos nesta quinta na Band. Com exclusividade o Ney Franco falou sobre a saída dele do Tricolor. Mostrou uma humildade comovente.

Capitão Danilo levanta a taça de campeão da Recopa

Depois de conquistar o Paulistão, Brasileirão, Libertadores e o Mundial de Clubes a geração de Cássio, Danilo Fernandes, Júlio César, Alessandro, Edenílson, Chicão, Gil, Paulo André, Fabio Santos, Paulinho, Ralf, Guilherme, William Arão, Ibson, Renato Augusto, Danilo, Romarinho, Guerrero, Emerson, Douglas, Alexandre Pato e do técnico Tite conquista a Recopa Sul-Americana.

Talvez esse troféu seja a consagração definitiva de um grupo forte e comprometido. Algo parecido com o São Paulo do Telê, do Flamengo do Zico, o Grêmio de Renato e de tantas outras gerações brilhantes do futebol brasileiro. Sinceramente não acho que acabou por aí. Até porque o trabalho de renovação aos poucos vem sendo feito. Mas acho que um ciclo se encerrou. Vamos ver o que vem pela frente. Parabéns a todos os corintianos!

Algoz do Tricolor na 1ª final, Renato Augusto estará a disposição do técnico Tite

É impressionante como o futebol apresenta determinadas situações curiosas. Nessa final de Recopa Sul-Americana tudo pode acontecer para São Paulo e Corinthians. Se o time do Tite vencer será a consagração mais que definitiva de um grupo de jogadores que conquistou tudo o que poderia. Se perder pode surgir uma crise pelo caminho. Algo que não acontecia há um bom tempo no Timão. Por outro lado o Tricolor já está em crise. Isso é fato! São cinco derrotas consecutivas e uma equipe totalmente arrebentada taticamente. O recém empossado Paulo Autuori tenta recompor os cacos e fazer o que muitos torcedores consideram um milagre, superar o arquirrival.

Pra falar bem a verdade acho que os dois times estão em situações idênticas. Se perderem afundam em críticas e desespero. O curioso é que se levar ao pé da letra mesmo essa final de Recopa não vale bulhufas. Tem apenas a simbologia da rivalidade que perdura por longas décadas. O torneio em si é pé de chinelo. Só pra inchar ainda mais o falido calendário do futebol brasileiro.

Opinando diria que o Corinthians larga na frente pelo entrosamento e principalmente pelas voltas de Danilo, Renato Augusto e Emerson. Esses caras pode fazer a diferença técnica no duelo. Em contrapartida o São Paulo vem completo e motivado para tentar ressuscitar na  temporada. Vai ser um baita jogo! E na madrugada de quarta pra quinta saberemos quem vai afundar no inferno astral de mais uma derrota em um clássico Majestoso. Já apostei com o Denílson, mas tudo pode acontecer!

Os dois treinadores já fizeram muito sucesso no Tricolor

Está praticamente certo que Paulo Autuori será o novo treinador do São Paulo para a sequência da temporada. Ele substituirá o Ney Franco, recentemente demitido do cargo. Talvez os mais novos não se lembrem mas foi justamente o Autuori o comandante dos últimos dois grandes títulos do Tricolor: a Libertadores e o Mundial de Clubes de 2005.

Para o acerto definitivo basta apenas ele se desligar do Vasco e aceitar a proposta da diretoria do São Paulo. O curioso é que ele era apenas a segunda opção do presidente Juvenal Juvêncio. O preferido disparado era sim Muricy Ramalho, técnico do tricampeonato do Brasileirão de 2006, 2007 e 2008. O problema é que o vice Leco, provável nome para assumir a presidência no próximo mandato, não suporta o Muricy. Os dois tiveram sérios atritos na passagem anterior do treinador.

Se pudesse opinar diria que acho o Autuori um bom treinador. Trata-se de um sujeito sério e extremamente profissional. É um bom nome. Mas acho o Muricy melhor no aspecto tático e motivacional. Daria mais liga. Essa é minha opinião e também do cartola máximo do clube. Mas ele preferiu ouvir o Leco e se deixou influenciar.

Pra falar a verdade penso ser ridículo dirigentes colocarem atritos pessoais acima das decisões importantes do clube. Isso não é profissionalismo. Não é à toa que o São Paulo anda em péssima fase.

Jogadores comemoram gol do atacante Guerrero

Acompanhei atentamente esse duelo entre São Paulo e Corinthians pela primeira final da Recopa Sul-Americana. Posso falar a verdade? O técnico Ney Franco teve três semanas para montar um esquema tático sólido e com 45 minutos já tinha jogado tudo para o espaço. Brincadeira, né? Ou seja, entrou com o Douglas como lateral e o Ganso na armação. Poxa vida! Não demorou nada e ele já inverteu tudo colocando o Wellington e o Aloísio. Que isso!? Não tinha confiança no que estava fazendo? Mesmo perdendo um comandante precisa ter suas convicções. E mesmo que não dê certo, mude uma peça ou outra. Mas alterações tão radicais? Para vai!

A verdade é que o Timão soube jogar com inteligência e atacou com eficiência. Construiu um placar de 2 a 1 mas poderia ter sido mais. Só o Romarinho perdeu uns dois gols feitos. E o golaço do Renato Augusto? Pelo amor de Deus! O cara teve uma baita visão de jogo para perceber o Rogério adiantado e deu um lindo toque por cobertura. Ultimamente cobrei a presença dele em campo que estava muito tempo parado. E só nesse pouco tempo que esteve no Morumbi deu pra perceber sua importância para a equipe.

Ah! Vamos combinar que os caras salvaram o Cássio, que tomou um frangaço. A realidade é que tecnicamente o Corinthians tem mais time e é mais bem arrumado taticamente. Só que jogo entre times grandes isso não é garantia de nada.

Se o São Paulo jogar nessa tiriça perde o título. Ainda mais porque a equipe do Tite terá a vantagem de decidir no Pacaembu com o apoio de sua torcida.

Hoje uma das maiores rivalidades do Estado estará em campo começando a decidir o título da Recopa Sul-Americana. O São Paulo, campeão da Copa Sul-Americana, recebe no Morumbi o Corinthians, atual campeão da Libertadores. Como curiosidade o Tricolor não vence o arquirrival dentro de sua própria casa há seis anos. Como reforço o Ney Franco terá time completo. Já o Tite, sem Paulinho, precisa reestruturar a equipe. Quem vence? Difícil dizer, mas vale lembrar que taça mesmo só veremos na próxima semana. Afinal ainda tem a partida de volta no Pacaembu.

Fabuloso fez as ‘pazes’ com o presidente Juvenal Juvêncio

Nesta quarta-feira o São Paulo começa a decidir a Recopa Sul-Americana contra o arquirrival Corinthians. E se enganha quem acha que o maior reforço do técnico Ney Franco é Jadson, que volta da Seleção Brasileira com o título da Copa das Confederações. Se engana também quem pensa que é o argentino Clemente Rodriguez, ex-Boca, que depende da regularização da documentação para ser inscrito. O maior reforço do Tricolor para a sequencia da temporada é a manutenção do Luis Fabiano. Isso mesmo! Ele que esteve para sair acertou as pontas com o presidente Juvenal Juvêncio e anunciou que ficará no clube. Finalmente o cartola seguiu a intuição dele e não a vontade do diretor Adalberto Batista, que queria o atacante fora do Morumbi.

Sei que o Fabuloso conta com a insatisfação de muito são-paulino. Mas essa história de que ele não faz gols decisivos é conversinha fiada. Pelo amor de Deus! O cara jogou na Seleção Brasileira e fez os gols mais importantes na ‘Era’ Dunga. Inclusive três no Mundial e os da final da Copa das Confederações de 2009. O atacante é o quinto maior artilheiro da história do clube com 173 gols. Contra o próprio Corinthians, rival desta quarta-feira, ele balançou as redes seis vezes em oito partidas disputadas. Baita média!

Agora que ele fez as pazes com o Juvenal, sei não sei ele não passa o Serginho na artilharia histórica do São Paulo. Meu amigo Chulapa é o maior com 242 gols. Na sequência, com 233, aparece Gino. Teixeirinha está no terceiro lugar com 189 gols e França, com 182, é o quarto. Se mantiver a média e parar de se machucar ele passa esses caras.

A verdade é que os brasileiros tem que começar a respeitar mais seus ídolos. Um cara como o Luis Fabiano não ter o reconhecimento do torcedor são-paulino é uma aberração. Espero que isso mude.