Torcedores protestam contra administração do presidente Paulo Nobre

Fiquei sabendo que a direção do Palmeiras antecipou a viagem do time para Curitiba com o objetivo de blindar o time contra a pressão dos torcedores. Só pode ser brincadeira, né? Essa coisa de blindagem só funciona em carros e olhe lá. Se o time está nessa situação é porque o elenco é tecnicamente fraco e a diretoria incompetente. Não adianta afastar os caras da torcida. Pra falar bem a verdade o fato de ter vazado uma suposta lista de dispensa pode sim ter influenciado nos últimos resultados. Não se comete esse erro em uma situação tão delicada. Mas como o clube está em período eleitoral, muita coisa pode ser explicada.

E chega dessa resenha fraca da ausência do Valdívia. Uma equipe com a grandeza do Palmeiras não pode ficar refém de um jogador como esse chileno. Que tem pouco comprometimento com o Verdão. Se tivesse de fato tanto amor como diz pelo clube, teria cumprido a palavra de se aposentar da Seleção (como disse após a Copa)  e ficado no Brasil para jogar essa reta final de campeonato. E sinceramente nem acho ele tão fundamental assim. Afinal tem apenas três assistências diretas e nenhum gol na competição. Isso mesmo! NENHUM!

Não é implicância nem nada pessoal, mas está claro pra mim que essa situação crítica foi criada pelo presidente Paulo Nobre. Até agora não consigo entender avalizar R$ 140 milhões para os cofres do clube e não conseguir montar uma equipe minimamente competente. Fora esses erros estratégicos como a tal lista de dispensa. O cartola tem que entender que o Palmeiras não é o brinquedinho dele. Tem a obrigação de respeitar a dor dos mais de 16 milhões de torcedores e tirar o time dessa situação. Qualquer discurso diferente desse é um baita blá-blá-blá.

Zé Roberto foi um dos líderes da Lusa no vice-campeonato do Brasileirão de 96

Sou do tempo em que torcer para a Portuguesa não era mera questão de filosofia. O clube se provava forte, montava bons times e sempre estava brigando por títulos na elite do futebol brasileiro. Afinal quem não se lembra, por exemplo, daquela Lusa do Brasileirão de 96? Aquela equipe encantou o País com bons jogadores como Rodrigo Fabri, Zé Roberto e Zé Maria. Foram vice-campeões de uma taça que bateu na trave naquela decisão contra o Grêmio no estádio Olímpico.

Mas os dirigentes que estiveram no Canindé nas últimas duas décadas, em doses homeopáticas, simplesmente sugaram tudo que a Associação Portuguesa de Desportos poderia proporcionar. Muitos deles entraram pobres e saíram ricos. E o pior é que fizeram isso com o discurso de amor à camisa e patriotismo as raízes lusitanas. Até parece, né?

A verdade é que hoje em 2014 a Portuguesa é um clube falido e praticamente sem volta. Tem dívidas astronômicas, time fraco e verba insuficiente para seguir competindo em alto nível. Não à toa coleciona um rebaixamento atrás do outro. E quando não é incompetência dos próprios profissionais conta com uma ajudinha extra-campo, como na temporada passada.

Nesta terça a Lusa amargou um rebaixamento para a Série C. Um caminho que fica difícil enxergar uma volta. Poucas vezes vi o tradicional clube do Canindé tão destruído… em cacos. Se não tiver um investidor forte pra renovar o espírito administrativo a tendência é a Portuguesa fechar as portas. Infelizmente.

Gobbi espera que Mano faça milagre

É impressionante como as coisas no futebol mudam do dia pra noite. Você vai do céu ao inferno em questão de pouco tempo. Vejam o caso do Corinthians, que até outro dia era campeão de tudo. Hoje vive o amargo gosto de lutar contra o rebaixamento no Campeonato Paulista. Dá pra acreditar? Para tentar mudar as coisas o Mano Menezes está promovendo uma verdadeira limpa no elenco do Timão. Em poucos dias ele já conseguiu liberar o Pato, Douglas e mais recentemente o zagueiro Paulo André, que foi para o futebol chinês.

Parando para refletir, dos 23 jogadores que foram campeões mundiais no Japão, 11 deles já deram adeus ao clube, sendo 5 deles titulares na final contra o Chelsea (Alessandro, Chicão, Paulo André, Paulinho e Jorge Henrique). Isso sem contar o técnico Tite. Ou seja, está visível que a direção não soube trabalhar a reposição dos principais nomes do time. E a crise, que poderia ser evitada, chegou com tudo no clube.

Pra piorar fiquei sabendo que a boleirada não está compreendendo o trabalho do Mano. Fizeram até reuniões para encontrar uma saída. Não conseguiram. Algo parecido com o que já aconteceu ao treinador no Flamengo. O que significa que a situação corintiana ainda pode piorar. Perder para o arquirrival Palmeiras, no próximo domingo, pode significar o fundo do poço.

Os dirigentes parecem omissos e ficam rezando para o treinador fazer milagre. Pelo visto o último que sair vai ter de fechar a porta. Quem diria, hein?

Atlético/MG foi campeão da Libertadores de 2013

Durante muito tempo o futebol de São Paulo do Rio de Janeiro dominou o Brasil. Não à toa até hoje são as torcidas dominantes no Norte e Nordeste do País. Mas nunca houve uma crise tão grande nos principais clubes desses dois Estados. No Rio, com exceção do Botafogo que por enquanto ainda figura no G-4 do Brasileirão, as demais equipes andam extremamente irregulares. O Vasco e o Fluminense não preciso nem falar, né? Brigam desesperadamente para não cair. Já o Flamengo é verdade que está com um pé na final da Copa do Brasil. É verdade também que melhorou bem depois que o Mano Menezes deixou a Gávea. Mas posso falar a real? O futebolzinho ainda é bem burocrático. Bola de décimo colocado no Nacional. Pouco para empolgar.

Os clubes paulistas, então, estão vergonhosamente se arrastando no Brasileiro. O melhor é o São Paulo que embalou uma boa sequência nesse retorno do Muricy. Mas não acredito (nem pela Sul-Americana) que dispute a Libertadores em 2014. E o Corinthians? Que papelão! Campanha ridícula. Jogou fora o prestígio de atual campeão mundial. O Santos depois que o Neymar saiu também ficou sem sal. Uma equipe bem comunzinha. Lusa e Ponte também lutam contra o Z-4. Poxa vida! Pela primeiro vez após 15 anos o futebol paulista não colocará um representante na principal competição do continente. Aliás, é o Fogão vacilar e o Flamengo tropeçar na Copa do Brasil para isso se estender também para o Rio.

O que significa dizer que a soberania do eixo Rio-São Paulo finalmente balançou. Por pura incompetência dos dirigentes. É claro que isso também é mérito dos cartolas de outros grandes clubes do País, que souberam trabalhar mesmo com os privilégios da CBF e dos direitos de TV para os rivais. Parabéns aos mineiros, que foram grandes em 2013! E parabéns aos gaúchos que se mantiveram fortes no cenário nacional nas últimas temporadas. Torço para que isso amplie e tenhamos um futebol brasileiro mais igual e bem distribuído.

Tite está com dificuldades de manter o elenco em alto nível

Como o futebol é cíclico, hein? No início da temporada o Corinthians era exaltado como o melhor time do País. Do título do Mundial de Clubes em dezembro até aqui o clube faturou mais duas taças: campeão do Paulistão e da Recopa Sul-Americana. Em outros tempos isso tudo por si só já era motivo para garantir a alegria da Fiel até o final do ano. Mas esse Timão mostrou tanto potencial que sofre constantemente com cobranças.

Vejam só, bastaram alguns maus resultado para muitos torcedores questionarem o técnico Tite e a qualidade do elenco. A maioria coloca o clube no início de uma crise. Mas posso falar a verdade? Se vocês conversarem com um preparador físico ou fisiologista ele vai explicar que nenhuma equipe consegue se manter no auge da sua forma física o ano inteiro. Isso é impossível! O pico de rendimento se dá em dois meses. Por isso inclusive que precisa ser feito um revezamento entre os atletas. Se forçar os caras começam a se lesionar. É o que está acontecendo, por exemplo, com o lateral Fabio Santos. O cansaço também bate naturalmente. É só analisar que contra o Botafogo o Danilo estava morto. Não conseguia desenvolver as jogadas. Romarinho a mesma coisa. Outro que abriu o bico foi o Pato. Disse que pretende encarar o Goiás, mas se mostrou exausto.

Sinceramente não sei se o Corinthians está em crise. Mas uma coisa é fato: o time do Tite hoje está muito mais próximo da zona de rebaixamento (8 pontos) do que propriamente da liderança da competição (13 pontos). Mas se continuar nessa pegada a primeira hipótese se tornará real. Afinal alguma coisa nesse planejamento está errada. Não é possível que uma equipe com tamanha qualidade tenha uma queda de rendimento tão radical.

Os amigos Fabuloso e Ceni já não se entenderiam tão bem assim

Se um tempo atrás eu falasse que o Corinthians nadaria em boa fase e o São Paulo em crise profunda tirariam sarro de mim. Me chamariam de louco e clubista. Mas o obvio aconteceu! Calma tricolores, nada contra o time do Morumbi, que tem uma história maravilhosa de glórias e conquistas. O problema é que o fatos provaram que perpetuar poder em clubes de futebol não dá nada certo. É importante o rodízio de opiniões, de ideias e conceitos. Não tenho duvidas de que os maiores responsáveis por essa má fase são os cartolas do time. Sobretudo o presidente Juvenal Juvêncio, que apesar dos bons serviços prestados, não larga o osso. Ah, lógico, tem também o Sr. Adalberto Batista, que como diretor de futebol não sabe quantos gomos tem uma bola.

Incrível como eles montaram um elenco disforme para essa temporada e cheio de panelinhas. Outra coisa, colocaram a culpa no técnico Ney Franco e os resultados recentes comprovaram que estavam errados. Não era o único culpado. Até porque a equipe só perdeu depois que o ex-comandante deixou o cargo. Me bateram que os dois grandes ídolos do clube, Rogério Ceni e Luis Fabiano, estariam brigados. Não sei se é verdade. Eles acabaram desmentindo publicamente. Mas pensem comigo, eles falariam o contrário aos repórteres? Para vai!

Só sei que do jeito que a coisa está não dá pra ficar. O Paulo Autuori terá muito trabalho para engrenar esse elenco. E se fosse eu faria uma reformulação drástica. Senão nada vai mudar. Vejam só um trecho da matéria que exibimos nesta quinta na Band. Com exclusividade o Ney Franco falou sobre a saída dele do Tricolor. Mostrou uma humildade comovente.