Bode expiatório de uma longa história
Neto
Acho uma baita sacanagem o que boa parte da imprensa está fazendo com o volante João Vítor. Depois do clube divulgar que um jogador do elenco foi afastado por chegar embriagado no treino, alguns experts da mídia já saíram chamando o rapaz de bêbado e antiprofissional. Que absurdo! Primeiro que ninguém sabe se o problema aconteceu com ele. Mas mesmo que fosse não é o fim do mundo. Vejam bem, não estou defendendo essa atitude. Claro que não é legal virar a noite em baladas com o treinamento na manhã seguinte. Mas também não é motivo para execrar publicamente ninguém. Principalmente porque é a primeira vez que ouço falar dele nesse tipo de situação. Tem gente lá de dentro que abusa muito mais e ninguém abre a boca pra falar nada. Aí sim é reincidência. Aí sim merece ser cornetado. Mas tem grife, é mais famoso, fazer o que?
E que fique claro que o Palmeiras foi corretíssimo em não divulgar o nome do atleta nesse caso. Mesmo estando óbvio demais. Isso tem que ser resolvido internamente. Errada está a mídia sensacionalista em tratar o rapaz como um vagabundo qualquer. Não sou jornalista formado, mas não concordo com essa atitude. É eticamente muito errado.
E tem mais! Se todo treinador afastar jogador baladeiro e que chega com cheiro de álcool em treino, vamos correr o risco de ter o campeonato paralisado por falta de gente. Se é que me entendem.
Pra falar a verdade sempre fui da política: “Pode sair e beber, mas dentro de campo tem que render!”. Mesmo achando algo difícil de acontecer, se o cara conseguir conciliar as duas coisas, está tudo certo. Não vale ficar se machucando, como uns e outros.
Existem casos e casos. Nesse especificamente achei exagero. Uma boa resenha resolvido tudo isso de maneira ordeira e pacífica.