Zé Roberto “pregou” antes da estreia do Palmeiras no Paulistão

Muita gente está me criticando nas mídias sociais porque critiquei a palestra do Zé Roberto antes da estreia do Paulistão contra o Audax. Como sempre digo, não estou nem aí! A verdade é que aquela cena me pareceu mais um culto de uma igreja evangélica. Nada contra a religião, muito pelo contrário, mas o elenco não deveria precisar de um interlocutor (pra não dizer pastor!) pra saber que o Palmeiras é um time grande. Aquilo foi ridículo! Que o Verdão é grande o planeta já sabe. Não é nenhum jogador e nenhuma batida no peito que vai provar isso. Pra falar bem a verdade em determinado momento, vendo aquele vídeo, senti uma baita de uma vergonha alheia.

Em um trecho do discurso o Zé disse: “As armas que foram lapidadas…”. O que é isso? Que resenha é essa? Olha me desculpem os torcedores, só não consigo acreditar que alguém ficou emocionado com esse papo quase evangélico. Aliás nunca acreditei nessas palestras de jogadores. Acho que todo mundo é bem remunerado pra entrar em campo e jogar o seu melhor futebol. Qualquer outra coisa é pura frescura e antiprofissionalismo. Futebol é esporte e não guerra. E animal só teve o Edmundo.

Palestra tem que ser dada pelo treinador. Ele é o comandante. E dá pra contar nos dedos aqueles que realmente sabem mexer com a boleirada em preleções. Zé Roberto foi e é um excelente jogador de futebol. Agora lugar de culto é na igreja.

Zé Roberto foi destaque atuando na lateral do Grêmio no último Brasileirão

Vou começar o post de hoje dizendo o óbvio: o Zé Roberto é um baita atleta! Aos 40 anos ainda consegue jogar futebol profissional em alto nível. E isso em uma posição que você é muito dependente da condição física, que é a lateral. Mas esperem um pouco. Com essa idade ele não pode ser o grande reforço de um clube como o Palmeiras para a temporada de 2015. Isso é uma vergonha! Não vou nem entrar no méritos da baixa qualidade técnica do elenco alviverde. Mas penso que se todo mundo está falando que o Nobre está com investidores por trás, então acerta com o Conca… Fred… ou outro cara que justifique a manchete de contratação bombástica.

Fico pensando também pra que serve manter uma categoria de base no clube se você não consegue revelar jogadores para o time principal? Porque se você está tendo que contratar jogador de 40 anos de idade é porque os moleques que estão sendo formados são muito fracos. Isso não tenho a menor dúvida.

A grande realidade é que o torcedor palmeirense está carente por grandes jogadores. Muito se especula sobre isso. Mas até agora a direção só acertou com jogadores que chegam para ser no máximo coadjuvantes. Aliás, entre Lucas, Amaral e Vítor Hugo a maior aposta é no ex-volante do Goiás, que de fato me parece um bom jogador.

Se o Verdão não contratar nomes de peso o torcedor vai seguir sofrendo no próximo ano.

Prestes a completar 36 anos, Alex comanda o líder Coritiba

No último sábado escrevi um post questionando a volta do Juninho Pernambucano ao futebol brasileiro. Mais precisamente ao Vasco. A indagação que fiz foi a seguinte: depois de não se adaptar ao futebol norte-americano, será que pela idade avançada não estaria na hora dele parar de jogar profissionalmente? Sem intenção de parecer bairrismo da minha parte, ainda coloquei o próprio Rogério Ceni, ídolo do São Paulo, como outro exemplo. As falhas seguidas embaixo das traves não seria sinal de que ele não está sabendo o momento certo de pendurar as luvas?

Vejam bem, não tenho nada contra a longevidade dentro do futebol. Muito pelo contrário, acho até interessante e surpreendente que alguns caras consigam jogar em alto nível mesmo próximo dos 40 anos. Alguns até ultrapassam essa barreira. Só é preocupante o momento exato de dar um basta sem, digamos, o sujeito estragar o que construiu de bonito no esporte. Olha o Lúcio, zagueiro do Tricolor. O cara disputou três Copas do Mundo e só vem dando vexame. Na última derrota ainda saiu mal-humorado de campo sem falar com a imprensa. Não seria a hora de dar adeus?

Na contramão disso tudo estão atletas como o holandês Seedorf. Bem fisicamente e sobrando tecnicamente, dá pra ver que ele, mesmo aos 37 anos, ainda tem muita lenha pra queimar. É o diferencial do time do Botafogo. A mesma coisa acontece com o Zé Roberto, que acabou de completar 39 anos. Ele é o cérebro e motorzinho da equipe do Grêmio. E a bola que o Alex está jogando no Coritiba? Vem até aqui conduzindo o Coxa a liderança invicta do Brasileirão. É brincadeira? Um monstro!

Portanto, como alguns corneteiros de plantão andaram dizendo por aí, não sou contra os veteranos. Pelo contrário! Só acho que cada um deve tentar saber o momento exato de dizer CHEGA! Para o bem da própria carreira esportiva.

Meia vem sendo o principal destaque do Grêmio na temporada

Concordo com muita gente que diz que a nossa Seleção Brasileira atual vem sofrendo por não tido herança de outras gerações de craques. Afinal de contas Adriano parou de jogar precocemente e Kaká e Ronaldinho não conseguiram dar sequência ao bom trabalho com a camisa verde-amarela. Pois bem, outro dia fiquei me perguntando quem seria um jogador experiente que poderia organizar essa juvenilzada. Na minha cabeça só veio o nome do Zé Roberto. Poxa vida! Esse cara está arrebentando com a camisa do Grêmio. Pra mim inclusive é o melhor meio-campista brasileiro em atividade.

Algum corneteiro vai falar: “Que nada! O cara vai fazer 40 anos e não tem condições de jogar a Copa”. Será? É verdade que o tempo passou, mas se o cara está jogando em alto nível, quando o problema da idade avançada? Sinceramente não vejo nenhum. Muito pelo contrário. Os anos de futebol vividos por ele certamente poderiam ajudar na produtividade de moleques importantes como Neymar, Oscar e Pato.

Se o Felipão vem dando oportunidades para Ronaldinho e Kaká, porque não testar o Zé Roberto. Vai que dá certo, hein? Diga-se de passagem sou muito mais ele velhinho voando em campo do que esse monte de moleque correndo na ‘nhaca’ danada. Hoje em dia tem jogador de 19 anos que anda em campo parecendo carregar um saco de cimento nas costas. Tá louco!

Zé Roberto e Luxa trabalharam juntos no Santos entre 2006 e 2007

Meus caros amigos, sei que muita gente anda meio cabreira com o Luxemburgo. Realmente ele tem que reciclar alguns conceitos de trabalhar no futebol. Andam ultrapassadíssimos. Uma coisa que contesto, por exemplo, é essa mania de querer ser manager dos times. Contratar e dispensar jogadores. Isso em algum momento entra em conflito com o serviço que ele de fato tem que executar com qualidade, que é aquele dentro de campo. Sobretudo nos treinamentos.

Agora não podemos contestar que muita gente gosta dele no meio. Ele atrai gente de nível para perto dele. O Zé Roberto talvez seja o caso mais recente disso. O veterano meio-campista teve 300 propostas de clubes brasileiros. Esteve para fechar acordo com o Santos em pelo menos duas oportunidades concretas. Mas ainda assim acertou com o Grêmio. E porque? Adivinhem! Por causa do bom relacionamento com o Luxa, é claro! E já vi isso acontecer em muitos outros casos.

Particularmente tive meus problemas com ele. Foi o próprio Luxemburgo que me mandou embora do Corinthians em 98. Mas ainda assim, mais tarde, compreendi seus motivos. Conversamos e nos acertamos. Ele é gente fina, acreditem! Aliás, pra mim continua sendo um baita profissional. Talvez ao lado do Muricy e do Tite sejam os melhores do País atualmente. Só tropeça às vezes no temperamento egocêntrico e nesses desmandos ‘extra-campo’.  Mas manja muito de bola taticamente. Tenho certeza que os gaúchos ainda podem ganhar muito com ele.