Moreno está praticamente fora do Grêmio

Ao ver o caso do Marcelo Moreno no Grêmio parece que estou voltando no tempo. Revivendo um pouco o período de quando eu jogava bola. Faltou a mim no Guarani, em meados dos anos 80, e agora ao atacante boliviano um pouco mais de instrução. De orientação profissional de quem entende. Se tivesse tido isso possivelmente teria um temperamento mais controlado e disputaria umas duas Copas do Mundo. Sem falsa modéstia, qualidade pra isso eu sei que tinha. E o Bugre, ao contrário desse que coleciona rebaixamentos, era uma das maiores forças do País.

Já o caso do Moreno é duro de engolir. O sujeito atualmente tem uma gama de ‘oportunidades’ para render seu melhor. É nutricionista, fisiologista, fisioterapeuta, médico, personal trainner, assessor de imprensa, empresário e muito mais. Fora os ‘aspones’ que dão palpites na família. Todo mundo a disposição praticamente 24 horas por dia.

Pois é, o atacante do Grêmio tinha as portas fechadas pelo Luxemburgo (devido ao comportamento) e mesmo assim decidiu recusar propostas de Palmeiras e Botafogo. O caso ganhou inclusive as manchetes dos jornais porque o pai dele chegou a desmerecer os clubes em questão. Agora foi a vez do próprio jogador criar um climão dentro do clube gaúcho. Fechou as portas de vez. Tanto é que a diretoria disse para ele nem comparecer aos treinamentos. É mole? Os caras não querem vê-lo nem pintado de ouro.

Ou seja, fica evidente que faltou uma boa resenha de quem conhece. De alguém experiente. Um menino como esse, no auge de sua forma física aos 25 anos, pode ter fechado algumas portas por descuido e falta de planejamento de carreira. Poderia estar arrebentando nesse Verdão em alta, por exemplo. Uma pena.

Artilheiro negocia com o Grêmio

Depois do tremendo mal estar gerado com o atraso da parcela de pagamento de 700 mil dólares para LDU, o atacante Barcos, que também está com parte de três meses de salários atrasados, negocia para deixar o Palmeiras. O Grêmio seria o destino do argentino. Os gaúchos pagariam o valor devido e ainda dariam um aumento ao jogador. O acerto verbal está feito. O gringo tem até passagem emitida para Porto Alegre na tarde desta sexta-feira.

O problema é que a diretoria alviverde está dificultando a liberação. Pedindo muito mais que o valor real da rescisão de contrato. As duas partes conversam no Palestra. E é fato que apesar de gostar do Palmeiras e de sua torcida, o jogador não quer mais ficar. Cansou de tanta várzea! Claro que o presidente Paulo Nobre vai tentar dar um jeito na situação, mas se o cara quiser sair, não tem quem segure.

Os desdobramentos finais veremos nas próximas horas. Mas sem dinheiro vai ser impossível o Palmeiras manter seus principais jogadores. A suposta saída do principal ídolo do clube é só um sinal de que sempre pode piorar o que já está péssimo.

A grade de proteção arrebentou com a pressão da torcida

Como me incomoda o tal jeitinho brasileiro pra resolver as coisas, viu? Vejam só o caso da nova Arena do Grêmio, que é um baita de um estádio. Os caras fizeram toda a obra com os padrões oficiais da Fifa. Tudo bonitinho e organizado. Aí por causa de pressão das organizadas os dirigentes do clube excluem as cadeiras do setor para os torcedores fazerem a tal ‘avalanche”? Para vai! Que comemoração mais boba!

Tanto é que nesse jogo contra a LDU pela decisão da Pré-Libertadores, na estreia da nova casa, por pouco não acontece um desastre. As grades de proteção romperam com a pressão das pessoas e muita gente se feriu. Um verdadeiro absurdo! Desculpem a comparação, mas depois do ocorrido em Santa Maria, onde várias pessoas morreram no incêndio a uma boate, não poderia acontecer outra tragédia no Rio Grande do Sul. Seria demais para um Estado só.

Só espero que os cartolas gremistas façam algo coerente para inibir a tal avalanche. Coloquem cadeiras no setor e pronto. Ao menos escutando as palavras do executivo de futebol do Grêmio, Rui Costa, deu pra ver que o clube já está pensando em uma solução inteligente para evitar um novo acidente.

Galera, sei que é uma comemoração tradicional, mas chega de avalanche, vai! Pelo bem das pessoas.

Kléber e Felipão se desentenderam nos tempos de Palmeiras

Após mais de 15 anos o veterano cartola Fábio Koff foi reeleito presidente do Grêmio. Apesar de sempre gostar de renovação de comando, não contesto o retorno dele. Até porque foi de maneira totalmente democrática, já que contou com a maioria dos quase 15 mil sócios do clube que fizeram valer seu poder de voto. Ele não confessa, mas sua ligação com o Felipão é muito forte. Afinal os dois formaram uma parceria vitoriosa em meados dos anos 90 no Tricolor Gaúcho. No Olímpico foram campeões de praticamente tudo, com destaque à Libertadores de 95.

Portanto por melhor que seja a campanha do Luxemburgo nesse Brasileirão, a partir de domingo ele ganhou uma baita sombra. O engraçado é que se o Fábio Koff realmente fizer sua vontade em algum momento trazendo de volta o Felipão, seria curiosa a relação do treinador com o atacante Kléber Gladiador.

Digo isso porque eles tiveram uma briga feia nos tempos de Palmeiras na temporada passada. Lembram disso? Pois é, não vejo o mínimo clima para os dois voltarem a trabalhar juntos. Só que o atacante foi uma das principais contratações gremistas. Gastaram uma grana preta nele em um plano de carreira. Jogariam tudo isso para o alto por causa do Felipão? Não acredito. Mas vale especular essa possibilidade. Ela é real e pode sim acontecer a qualquer momento. Como o mundo do futebol dá voltas, não?

Zé Roberto e Luxa trabalharam juntos no Santos entre 2006 e 2007

Meus caros amigos, sei que muita gente anda meio cabreira com o Luxemburgo. Realmente ele tem que reciclar alguns conceitos de trabalhar no futebol. Andam ultrapassadíssimos. Uma coisa que contesto, por exemplo, é essa mania de querer ser manager dos times. Contratar e dispensar jogadores. Isso em algum momento entra em conflito com o serviço que ele de fato tem que executar com qualidade, que é aquele dentro de campo. Sobretudo nos treinamentos.

Agora não podemos contestar que muita gente gosta dele no meio. Ele atrai gente de nível para perto dele. O Zé Roberto talvez seja o caso mais recente disso. O veterano meio-campista teve 300 propostas de clubes brasileiros. Esteve para fechar acordo com o Santos em pelo menos duas oportunidades concretas. Mas ainda assim acertou com o Grêmio. E porque? Adivinhem! Por causa do bom relacionamento com o Luxa, é claro! E já vi isso acontecer em muitos outros casos.

Particularmente tive meus problemas com ele. Foi o próprio Luxemburgo que me mandou embora do Corinthians em 98. Mas ainda assim, mais tarde, compreendi seus motivos. Conversamos e nos acertamos. Ele é gente fina, acreditem! Aliás, pra mim continua sendo um baita profissional. Talvez ao lado do Muricy e do Tite sejam os melhores do País atualmente. Só tropeça às vezes no temperamento egocêntrico e nesses desmandos ‘extra-campo’.  Mas manja muito de bola taticamente. Tenho certeza que os gaúchos ainda podem ganhar muito com ele.