Resenha interna para escalar a Seleção
Neto
Pelos anos de vivência no futebol e por tudo aquilo que as pessoas me contam sobre a forma de trabalho do Felipão, dá pra ter uma noção de como ele deverá escalar o time para enfrentar o Chile nas oitavas da Copa do Mundo. Pra começar o nosso treinador vai com suas convicções até o final. O que significa dizer que ele deverá lançar a campo a mesma formação da Seleção que iniciou a competição. Ou seja, nada de Fernandinho substituindo o Paulinho. Mas pra isso acontecer ele vai ser malandro.
À noite depois do jantar ele deverá bater na porta do quarto do Paulinho e conversar com ele. “Guri, tá todo mundo querendo te tirar do time. Mas eu não vou fazer isso! Você é meu parceiro. Um jogador da minha confiança. Tu pode ficar tranquilo.” Ao sair do quarto do camisa 8, sem deixar rastro, o técnico deve se dirigir imediatamente ao quarto do Fernandinho. Bate e entra. “Oi Fernando, você é um cara importante e está conquistando um espaço. Vou começar com o Paulinho, mas se ele jogar mal 20 minutos, tu entras. Beleza?”. Feito isso ele ganha os dois caras.
Já disse isso em outras oportunidades. Não considero o Felipão um cara estrategista, tampouco um profissional com conceitos táticos aprofundados. Muito pelo contrário. Dá até pra ver ele limitado nesse sentido. Mas uma coisa não dá pra negar, o comandante brasileiro tem o dom de motivar o grupo com sua liderança. A boleirada vai com ele até a morte. Isso deu certo em 2002. Se vai dar certo agora ou não só saberemos a partir deste sábado contra os chilenos.