Nova safra promissora
Neto
Ainda é cedo para falar, mas acompanhei atentamente a estreia da Seleção Brasileira contra a Eslováquia, na Copa do Mundo sub-17, e me impressionou a qualidade do time. Todos pareceram muito bons tecnicamente e taticamente estão entrosadíssimos. Fruto, claro, do novo trabalho do Gallo e do Maurício Copertino, dupla de ex-jogadores que compõe a comissão técnica da base verde-amarela. Analisando o placar do jogo, uma baita goleada de 6 a 1, as pessoas vão falar que foi mole. Mas o Brasil fez isso acontecer!
De todos os meninos, três me chamaram muito a atenção. Dois deles atuam no Atlético/PR e um no São Paulo. O centroavante Mosquito, que veste a 9, fez três gols e se movimentou com precisão. Soube fazer o pivô e também trabalhar as jogadas com os meias. Se for falar a verdade ele deu a impressão de ser melhor que boa parte desses atacantes lombriguentos do futebol brasileiro. Fora o marketing com o apelido, né? Na transmissão o que mais eu e o narrador Nivaldo Prieto falamos foi: ''O mosquito voou em campo''!
Outro menino da base do Furacão, o camisa 10 Nathan apresentou um futebol vistoso. Além de invadir a área com frequência, algo fundamental para um jogador da posição dele, conseguiu trabalhar muito bem a bola no meio-campo. Extremamente inteligente. Fora que marcou dois gols. O Gabriel Boschilia, meia-atacante do São Paulo, também infernizou a defesa eslovaca. Muito rápido e técnico.
É verdade que nem todos esses jogadores, campeões ou não, se tornarão grandes estrelas em seus clubes. Acho até que a maioria não, como mostra historicamente as seleções sub-17. Mas conseguindo revelar pelo menos 5 meninos isso ajudará bastante o Brasil no futuro.
Esse grupo de meninos me agradou. Espero que seja assim até o fim da competição.