O fim de um império
Neto
O que dizer de um cara que não joga bola há três anos e só quer saber de gastar dinheiro e curtir noitadas? Pois é, pra piorar o Adriano não treinava desde o dia 23 de outubro. É brincadeira? Era difícil de acreditar que a diretoria do Flamengo conseguiria dar mais um voto de confiança para um cara como esse. Ainda mais tendo como diretor o Zinho, que sempre foi extremamente profissional. Mas o fim chegou. Como esperado. O cartola confirmou o rompimento do contrato entre o clube e o jogador (pra falar a verdade, ex-jogador).
Apesar de intenso, o império de Adriano durou muito pouco. Se contar quando começou a jogar no Flamengo, no início dos aos 2000, até o fim da Copa da Alemanha em 2006, foram apenas seis temporadas de futebol de craque. De centroavante indiscutível! A partir daí começou a alternar bons e maus momentos. Com destaque para os seis meses que atuou pelo São Paulo em 2008 e a campanha do título do Brasileirão de 2009 em seu retorno ao Mengão.
A verdade é que a cabeça ruim deteriorou o jogador brilhante. Impulsionado, claro, pelos problemas com bebidas e as más companhias. Ele acha que será feliz ao lado dos amigos do morro e pouco dinheiro. Espero que Deus o ajude. Mas certamente esse foi um caso clássico de um fim melancólico de um sujeito que tinha tudo para ser gênio da bola.