Priorizar sim, mas sem se entregar!
Neto
Ouvi muita gente nas ruas me questionando sobre o porquê desse péssimo início dos clubes paulistas no Brasileirão. Corinthians e Palmeiras, por exemplo, só fizeram um pontinho em 12 disputados até aqui. É brincadeira? Estão na lanterna da competição. O Santos do Neymar também vai mal das pernas. Das quatro rodadas não venceu nenhuma. E pior! O super-ataque santista fez só um golzinho em mais de 360 minutos. Tá louco! O São Paulo é quem está melhorzinho na classificação. Tem duas vitórias e duas derrotas. Ainda assim está longe de honrar a campanha de um legítimo hexacampeão nacional.
Mas a realidade é que isso só está acontecendo porque os quatro estão em intensa disputa de torneios paralelos. O Timão e o Peixe se enfrentam pelas semifinais da Libertadores da América. Um duelo de extrema tensão emocional. O time da capital saiu na frente na primeira partida disputada na Vila Belmiro. Mas ainda vão se encontrar na próxima semana para a disputa de uma vaga na grande final. Já Palmeiras e São Paulo, em chaves diferentes, também fazem as semifinais. Só que da Copa do Brasil. Ambos saíram na frente de Grêmio e Coritiba, respectivamente. Mas ainda tem a partida de volta. Pra falar a verdade o time do Felipão já está na final. Só um milagre salva o Grêmio. Por outro lado o Tricolor terá um jogo emocionante na capital paranaense. Ainda assim acredito em uma final paulista.
De tudo isso, apesar de respeitar o planejamento dos respectivos técnicos, não concordo com a postura dos caras de poupar todos os titulares nos campeonatos considerados menos importantes. Isso pode dar problema na sequencia da temporada. Quero dizer, imaginem o que será do derrotado da semi da Libertadores. Começar praticamente do zero com gente lá na frente disparada é complicado, né? É praticamente dar adeus as chances de título. O ideal seria mesclar reservas com alguns titulares. Porque minha crítica não é nem pela falta de qualidade dos reservas, mas sim pela falta de ritmo de jogo. Algo fundamental nesses momentos. Uma pena que Tite, Felipão, Leão e Muricy não entendam assim.