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Racismo contamina Eurocopa

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Italiano Balotelli teria sido vítima de racismo na Eurocopa

Por Felipe Kieling

Direto de Londres, Inglaterra

 

Soa absurdo! Mas em pleno século 21 ainda convivemos com o racismo.  Podemos ver em todos os lugares. Inclusive no futebol! Ucrânia e Polônia – países sedes da Atual Eurocopa -, tem um histórico triste de intolerância a negros.  Nas arquibancadas eles são conhecidos como 'Ultras'.  A BBC, mestre em fazer documentários, exibiu dias antes do início da Eurocopa: ''Stadiums of Hate'', que fala sobre o sério problema de racismo que as autoridades da Ucrânia e Polônia precisam enfrentar. No documentário, o ex-zagueiro da seleção inglesa, Soe Campbell – hoje aposentado do gramados – pede para os ingleses não irem a competição e que assistam a Eurocopa em casa.  Claro que muitos fãs vão de qualquer jeito – o amor ao futebol como todo amor, é muitas vezes cego-, mas foi um pedido desesperado de um negro que falava enquanto assistia imagens de intolerância dentro de estádios de futebol.

O jornal inglês ''The Telegraph'' publicou uma matéria falando que vários ucranianos estão tristes por verem o país nas capas de jornais do mundo inteiro em função desse problema.  Infelizmente se tornou comum jogadores negros que atuam no futebol polonês e ucrâniano reclamarem de atos racisitas.

A imbecilidade não se restringe apenas a torcedores dessas duas nações. No jogo entre Espanha x Itália, o atacante negro Mário Balotelli, da Azurra, foi alvo de atos racistas.  O secretário estrangeiro britânico, Douglas Alexander, instruiu os atletas ingleses a deixarem o campo caso sofram algum ato de racismo. Não sei se essa é a medida certa, mas ao menos é um começo.

Algo precisa ser feito para acabar de vez com esse mau.  Racismo não é novidade pra ninguém. Se ele atinge o esporte mais popular do mundo, imagina nos cantos escondidos desse planeta!  Por isso agora é a hora de aproveitar a força do futebol para abrir definitivamente os olhos da população para essa questão tão séria.