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Um louco do bando na Argentina
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No avião da delegação corintiana

Por Herói Vicente

Direto de Buenos Aires, Argentina

 

Torcedor maluco pelo Corinthians, desde o nascimento a 40 verões atrás, deparei-me com a possibilidade de ver a História ser escrita. Corinthians na final da Libertadores? Eu vou. E de qualquer jeito.

Cancelei compromissos, adiantei alguns outros e tratei de procurar a melhor forma de garantir o intento. Primeiro obstáculo: Os preços das passagens. Como num passe de mágica, aquela viagem esquecida e indesejada para Buenos Aires no meio da semana, que sairia por módicos R$ 800,00 ou menos, ida e volta, simplesmente dobrou o preço logo após o êxito contra o Santos. Paciência. A paixão tudo tolera e aos especuladores favorece…

A recompensa foi rápida. No aeroporto, me surpreendi com a presença da delegação do Clube. Viajamos no mesmo avião. Duas poltronas atrás da minha dormiam pesadamente Danilo, Liedson, Ralf, Cássio & Cia., os grandes responsáveis pela campanha irrepreensível e inédita. Mais a frente Tite e os integrantes da diretoria. Os flashes pipocavam praticamente a viagem inteira, perturbando o sono dos campeões brasileiros. A fama tem seu preço.

Confesso que fiquei meio atordoado com a presença dos ilustres passageiros. Na hora do desembarque, a ansiedade, a confusão e a presença maciça da imprensa, fez com que eu esquecesse momentaneamente a mala, largada na esteira. Inconscientemente preferi acompanhar a trupe até o ônibus que os levou ao hotel. Quando me dei conta, corri para consertar a bobagem. Felizmente deu tudo certo.

No Hotel, nova surpresa: o elevador lotado com o time, um climão bem descontraído. Eu de intruso no meio, abobado com as circunstâncias. Cheguei ao quarto e agradeci ao criador a oportunidade. E pensar que esses garotos que jogarão na quarta-feira, levam consigo o destino de mais de 30 milhões de torcedores. Me indago se eles têm essa consciência… Espero que não, para que joguem centrados apenas na partida. A verdade é que para nós torcedores, será a felicidade total ou a amargura. Não há espaço para meio termo. Essa é a verdadeira pátria de chuteiras. Por enquanto estou amando tudo isso, com o perdão da citação publicitária. Mas são as únicas palavras que poderiam descrever meridianamente qual a sensação nesse primeiro dia de viagem.


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