Pior negócio da história?
Neto
Sempre achei o Wesley um bom jogador. Trata-se de um segundo volante rápido, voluntarioso e que sabe arrematar para o gol com qualidade. É o dito atleta moderno. Se precisar ainda pode improvisá-lo na lateral, posição que executou com muita eficiência nos tempos de Santos. Por sinal arrebentou ao lado do Neymar, Ganso e companhia. Foi exatamente isso que despertou o interesse do Palmeiras em repatriá-lo do futebol alemão no início de 2012. Mas existiu um grave erro ao supervalorizá-lo. Na época o presidente Tirone chegou ao ponto de fazer uma campanha para pedir dinheiro para os torcedores. Tipo uma vaquinha. É brincadeira?
No final das contas o Palmeiras conseguiu o investidor (Antenor Angeloni, hoje presidente do Criciúma), contratou o Wesley por 3 temporadas e acertou um salário que provavelmente não era condizente com a realidade do clube na ocasião. Logo nos primeiros jogos ele lesionou o joelho e ficou um longo tempo parado. Depois retornou e fez uma Série B apenas razoável. Nunca correspondeu o investimento feito. Seis meses antes do término do vínculo com o Verdão o volante resolveu acertar um pré-contrato com o arquirrival São Paulo. Resultado? Ficou alguns meses sem jogar. E recebendo salários do Palmeiras, é claro!
Segundo informações do UOL Esporte, os R$ 14 milhões que o Verdão deveria pagar ao Werder Bremem não foram quitados, e Antenor, o investidor, foi acionado na justiça. Agora, o cartola catarinense entrou com um processo contra o alviverde para receber de volta os valores que lhe foram debitados, um total de R$ 21 milhões. Ou seja, o Palmeiras deverá gastar uma grana monstruosa por um jogador que rendeu pouquíssimo tecnicamente. E pior: saiu de graça.
Não me lembro do Palmeiras ter feito um negócio tão desastroso em sua história. O duro vai ser vê-lo brilhando no São Paulo.