Meia Héverton foi expulso contra o Bahia

Está todo mundo acusando o Fluminense por tentar mais uma vez virar a mesa. Ou seja, escapar do rebaixamento do Brasileirão através de maneira desonesta. Algo que aconteceu com certa frequência na década de 90. Mas posso falar a verdade? Dessa vez não é isso que está acontecendo. A grande realidade dos fatos é que a Portuguesa (leia-se seus advogados e dirigentes) errou feio em não perceber que o meia Héverton foi punido com dois jogos de suspensão pela expulsão diante do Bahia. Isso não foi cumprido. Portanto, falha que pode custar a vaga na Lusa na elite do futebol nacional.

Você internauta pode até questionar se é ético ou não o Flu ficar com essa vaga já que foi rebaixado dentro das quatro linhas. É de fato um baita desprestígio, pra dizer bem a verdade. Mas óbvio que quando a situação começou a ficar feia na tabela de classificação, alguém bateu para os dirigentes cariocas que tinha essa carta na manga. Quer dizer, se escapasse no campo o caso seria abafado. Como não escapou…. jogaram “M….” no ventilador.

Na minha concepção a Portuguesa merecia sim punição pela falha grave. E pelo histórico bairrista e protecionista da CBF com os clubes cariocas, é bem possível que isso aconteça. Uma pena que mais uma vez o futuro dos nossos clubes seja definido em tribunais. Vergonhoso!

Gil fez pênalti em Borges

Tudo bem que sou de uma geração de jogadores um pouco mais antiga e tenho conceitos diferentes da maioria da molecada sobre futebol. Mas com toda a sinceridade não consigo aceitar que um cara seja punido pela Justiça Desportiva por uma falta que nem o juiz  deu dentro de campo. Pois é, isso está acontecendo com o zagueiro Gil, do Corinthians, pela falta que fez no cruzeirense Borges em uma partida realizada há quase um mês. Bom, quero deixar bem claro que também achei o lance faltoso. Era pra ser PÊNALTI a favor do líder do campeonato.

Mas ainda assim não acho que o jogador deva receber punição. Isso é ridículo! Porque se for assim muitos outros casos tem que ser levantados. Porque, por exemplo, o atacante Danielzinho, do São Caetano, não foi punido por ter quebrado a perna do volante Ferrugem da Ponte? O cara operou e ficou quase um ano sem jogar. Todos fizeram vistas grossas. E o Rodrigo Caio do São Paulo que quase arrebentou com a tíbia do Romarinho no último clássico? Não vi ninguém questionar o lance. Ouvi gente falando que a jogada foi normal. É brincadeira??? Isso só para ficar nesses exemplos, que são milhões.

Ao contrário da direção do Corinthians, que expôs publicamente seu descontentamento com o procurador do STJD, eu não tenho nada contra Paulo Schmitt. Mas se somarmos as punições diferenciadas de perdas de mandos de jogos, fica latente no mínimo uma má vontade na hora de julgar o Timão. Queiram ou não. Ou como justificar que o mesmo sinalizador que aplica R$ 100 mil de multa ao Corinthians e a perda de mando de alguns jogos, dá multa de R$ 5 mil ao Criciúma e R$ 200 (Isso mesmo! Duzentinho) ao Cruzeiro? Ah, e sem perda de mando para esses dois clubes. Ou seja, situação igual com atitudes diferentes. O porquê disso?

Teve gente falando que isso está acontecendo porque o Andrés Sanchez, ex-presidente corintiano, entrará como oposição da atual direção da CBF. Eu prefiro não acreditar nisso. Até porque seria muita podridão.

A verdade é que os letrados do Tribunal deveriam entender: o que acontece no campo fica no campo. O resto é conversa fiada!

Deco anunciou aposentadoria no último mês

O tal de Tribunal de Justiça Desportiva foi criado para colocar ordem no futebol brasileiro, certo? Para acabar com a várzea que imperava na modalidade. Mas ao mesmo tempo que os magistrados tem a liberdade para punir, eles também precisam conhecer o que estão punindo. Vejam a notícia com que me deparei na última quinta-feira, dia 26. As excelências julgaram o meia Deco e puniram o cara com um gancho de um ano sem poder jogar bola profissionalmente.

Pois bem, o Tribunal deve ter um motivo muito grave para ter tomado atitude tão rigorosa. Só esqueceram que o Deco parou de jogar há algumas semanas. Ele expôs a vontade publicamente. Ou seja, os próprios caras que julgam o futebol por aqui nem acompanham as notícias. Não estão nem aí pra nada. É brincadeira? Só acho engraçado o povo ainda ficar de preconceito com a inteligência dos portugueses. Piada! Nossos queridos lusitanos são sumidades perto desses senhores que ficam engravatados e em salas com ar-condicionado. Os defensores vão falar que o processo já estava correndo. Ok, então arquiva! Não divulga que fica feio. Tá louco.

Agora se mesmo assim a punição permanecer, convido publicamente o amigo Deco a jogar no meu time de várzea. Ou até no Master do Corinthians. Lá os entendedores e letrados do STJD não têm alçada pra encher a paciência. Agora que me desculpem esses senhores: VAMOS ACORDAR, POXA VIDA!

Em tempo: Não venham com essa conversa furada de que o Deco pode voltar. Para vai! O cara tem 36 anos, bem de vida financeiramente e cansado de tantas dores. Não volta nunca. Isso é conversinha pra boi dormir. E outra, é claro que o Tribunal precisa julgar e bater o martelo. Só não divulga, né? Fica ridículo.

Atitudes iguais e punições diferentes

Às vezes tenho dúvidas sobre a real efetividade do tal de STJD. Esse magistrados da Justiça Desportiva que vieram para moralizar o futebol têm cada atitude esquisita, viu? A última foi de punir o Corinthians com a perda de mando de alguns jogos e mais R$ 100 mil de multa por uso de sinalizadores. Pela mesma ação o Criciúma foi punido só com multa de R$ 3 mil. Qual a lógica? Na temporada passada a torcida do Palmeiras quebrou o Pacaembu e o clube pegou um gancho pesado. Ficou quase o restante da temporada atuando fora de casa (como consequência o time acabou até rebaixado). E o que aconteceu com o Grêmio quando os torcedores desceram a porrada nos policiais dentro da Nova Arena? Nada! Porque tanta diferença? Dois pesos, duas medidas? Ridículo!

Valdívia forçou o cartão amarelo e foi suspenso

O passar dos anos fez com que o futebol evoluísse em muitos aspectos. O material esportivo, por exemplo, nem se compara com o de antigamente. Tem cada baita chuteira que é brincadeira! As marias-chuteiras, então, pelo amor de Deus! Na minha época era cada tribufú de dar dó. Mas tem algumas coisas que também deram uma piorada. Vejam o caso do popular STJD, que foi destacado para resolver problemas sérios do esporte brasileiro. Problemas que de fato precisam da ação da justiça para serem solucionados. Um exemplo clássico foi a roubalheira daquele ex-árbitro Edílson Pereira de Carvalho no Brasileirão de 2005. Ali precisava de um tribunal atuante.

Teve também a história recente do massagista que tirou o gol do Tupi em cima da linha pela Série D. Ali também precisava ser feito alguma coisa. Agora com todo o respeito a esses magistrados, pra que interferir em decisões pessoais de dentro do gramado? Desde que mundo é mundo o jogador força o cartão amarelo para ser suspenso. Sobretudo quando vai defender Seleções ou encarar clássicos difíceis na rodada posterior. Isso é normal. Como se fosse, digamos, uma estratégia.

Portanto achei simplesmente ridícula a decisão de suspender o Valdívia e o pensamento de fazer o mesmo com o Elias do Flamengo. Ambos não fizeram nada demais. Não agrediram nem xingaram ninguém. Pra que levar um gancho? É claro que a turma do politicamente correto vai se manifestar dizendo que isso é antiético e blá-blá-blá. Mas quem esteve na arena e entende como as coisas funcionam sabe que isso faz parte do ‘metiê’ do futebol.

O que é certo é certo. Mas nesses dois casos o STJD extrapolou a espera que lhe cabe. A entidade tem que tomar muito cuidado porque senão daqui a pouco quem vai dar as cartas no futebol serão os juízes e não os craques dos gramados.

Não tem como negar que o Fred é monstro jogando bola. Se não o melhor, um dos melhores centroavantes do País. Tanto é que defendi e continuo defendendo a convocação dele para a Seleção Brasileira. Mas esperem um pouco, se o STJD quer punir o Luis Fabiano por uma suposta simulação no clássico contra o Palmeiras, e tendo em vista tantas outras suspensões com o auxílio das imagens de TV, o atacante do Flu também precisa de um gancho. No jogo deste domingo contra o Galo o camisa 9 das Laranjeiras deitou e rolou na bola e na resenha dentro de campo.

Falou o tempo todo com o árbitro. Depois deu uma porrada no Junior César após a catimba do lateral na saída de bola do meio-campo (assista o vídeo abaixo). Para completar deixou o gramado xingando o técnico Cuca. E aí? Tudo isso vai passar batido? O Tribunal tem um peso e duas medidas? Nada contra a equipe carioca, que chegou com méritos na posição que está. Inclusive acho até que está com uma mão na taça do Brasileirão. Mas o que é certo é certo, poxa vida! O Ronaldinho foi julgado por aquele juiz ‘rubro-negro’ e punido pelas imagens em um lance contestado. Porque com o Fred tudo pode? É estranho ou não é?