Petros foi o maior “ladrão de bolas do último Brasileirão

A goleada do Corinthians contra o Once Caldas e a consequente “quase” classificação para a fase de grupos da Libertadores abafou um problema muito grave que está acontecendo no clube. Esses dias fiquei sabendo que o Edu Gaspar, gerente de futebol do Timão, e o empresário Fernando Garcia discutiram feio nos bastidores. Palavrão e baixaria para todo lado. Tudo porque o técnico Tite não tem escalado o volante Petros entre os titulares. O jogador tem a carreira gerenciada pelo irmão de Paulo Garcia (que não tem nada a ver com isso, diga-se de passagem!).

Teoricamente seria um problema fácil de resolver. Afinal é mais um empresário a querer ditar regras no futebol, certo? Nada disso! Garcia emprestou aos cofres alvinegros mais de R$ 15 milhões. Não à toa ele também está ligado a outros atletas, como o menino Malcom, por exemplo. Esse rolo todo pode forçar o Petros a deixar o Corinthians e se transferir ao Fluminense, que já demonstrou o interesse nele.

Aí fiquei pensando com os meus botões, como pode o clube se sujeitar a uma situação dessas? Se não sentar no colo do empresário corre um sério risco de perder esse jogador que foi o maior ladrão de bolas do último Campeonato Brasileiro. É brincadeira?

Esse envolvimento absurdo de empresários no futebol associado com a incompetência dos dirigentes na gestão dos clubes está fazendo as coisas saírem do controle. Se a Fifa e/ou CBF não agirem tudo vai desandar. Depois não adianta reclamar.

Ah, e sempre respinga m… na boleirada. O Petros que não fique esperto.

O corintiano Petros durante audiência do STJD

Nunca deixo de me surpreender com algumas coisas que acontecem no futebol brasileiro. Depois de julgar que Petros agrediu o árbitro Raphael Klaus no clássico diante do Santos e puni-lo com 180 dias de suspensão, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva, como em um passe de mágica, voltou na decisão e trocou a pena para 3 partidas. É brincadeira? Vai ser 8 ou 80 lá na casa do chapéu! Como pode ter acontecido uma mudança tão radical?

Confesso que até achei um pouco exagerado os 6 meses de gancho iniciais. Só que depois de um mês praticamente absolver o rapaz também não, né? É visível que houve uma imprudência no lance. O Petros é um menino inteligente, bom de bola e ultimamente um dos principais jogadores do time no esquema do Mano Menezes. Mas não é santo. Errou e precisava pagar por isso. Não sei se 10, 15 jogos ou 2 meses de suspensão. Algo um pouco mais justo e coerente.

O curioso é que o STJD é ‘campeão’ em fazer lambanças como essas. São vários os casos. E não é porque é jogador do Corinthians que vou deixar de falar. Afinal a lei tem que ser igual pra todo mundo.

STJD pode punir Guerrero por lance parecido com Petros

Os corintianos podem me xingar, por achar que estou forçando uma barra desnecessária. Mas no jogo entre Bragantino e Corinthians pela Copa do Brasil, o atacante Paolo Guerrero deu uma trombada forte no árbitro Leandro Bizzio Marinho. Um lance muito parecido com aquele que tirou Petros de combate por 180 dias. Quer dizer, pelo menos foi o que julgou o ‘poderoso’ STJD. Só gostaria de saber se o Tribunal não vai encarnar de aparecer de novo perante o público. Ou melhor, aparecer diante do Corinthians e um de seus principais jogadores.

Já é sabido que o árbitro não relatou a trombada na súmula da partida. Portanto se mudar de ideia novamente, assim como Rafael Klaus fez com Petros, já caracterizaria uma espécie de perseguição. Afinal as coisas do futebol tem que ser definidas dentro da arena. Esse negócio de engravatado ditar as regras em escritórios com ar-condicionado não está com nada.

Nunca neguei que sempre fui um jogador rebelde. Meio louco e explosivo, pra falar bem a verdade. Mas os cartões amarelos, vermelhos e algumas punições me ensinaram a corrigir algumas falhas na carreira. Até por isso tenho propriedade para analisar o caso atual envolvendo o corintiano Petros. É muito óbvio aos meus olhos que ele mereceu sim ser punido. Afinal o rapaz deu um encontrão proposital no árbitro Raphael Klaus. Mas 180 dias, ou melhor, seis meses foi muita coisa. Exagero. Pelo amor de Deus! Existiram na história várias outras situações muito piores de agressão aos árbitros que o STJD simplesmente ignorou. Ou até puniu com menos rigor.

Tive uma experiência negativa parecida com a do jogador do Timão. Em 1991 durante um clássico entre Corinthians e Palmeiras pelo Campeonato Paulista, indignado com a arbitragem do José Aparecido de Oliveira, cuspi no rosto dele após levar um cartão vermelho (veja abaixo). Foi uma atitude ridícula que me rendeu 120 dias de gancho. Eu merecia muito mais! E pra mim o que fiz foi muito mais grave que o lance do Petros. Não tenho vergonha em admitir e mostrar meu erro.

Petros pode ser punido pelo STJD por agredir árbitro

Certo dia no meio de uma transmissão da Band o Luciano do Valle chegou no meu ouvido baixinho e disse: “Neto, não adianta brigar contra a imagem. Você estará sempre errado”. Pois é, aquelas palavras do saudoso mestre vieram na minha cabeça quando fui perguntado sobre esse lance do Petros no clássico entre Santos e Corinthians. Está muito nítido pra mim que ele desvia a corrida para dar um ‘encontrão’ no árbitro Raphael Klaus.

Pode se questionar se o gesto foi agressão ou não. Mas que houve um encontrão desproporcional, isso houve. Acho que de repente o volante do Timão ficou bravo com o juizão por ter atrapalhado a jogada com o Jadson, sei lá. Merece punição? Pra mim sim, mas sem exageros. E que sirva de lição para o Petros, que apesar de bom menino (e isso ele é mesmo), errou feio no lance. Ainda assim não precisa ser crucificado.

Elias entrosou com Petros no meio-campo corintiano

Depois da Copa o Corinthians seguiu fazendo um Brasileirão consistente. É o atual vice-líder do campeonato com quase 65% de aproveitamento. É o time que menos perdeu e segue com a melhor defesa ao lado do Santos com apenas 6 gols sofridos.  Só por esses números a maioria das pessoas vai acreditar que o segredo desta campanha estaria no setor defensivo. Até porque Cássio está fechando o gol e a dupla de zaga Cléber e Gil está entrosadíssima. Mas ainda assim vejo o meio-campo como o grande segredo do esquema do Mano Menezes.

O treinador está sabendo usar o Petros com inteligência ao lado do Elias. Os dois estão compondo um trio com o Ralf de muita marcação e saída de bola com qualidade. O atual camisa 7 está repetindo as atuações do Paulinho e entrando como homem surpresa na defesa adversária. Um lance bem característico disso foi o gol que ele marcou contra o Bahia pela Copa do Brasil. Fez a ultrapassagem e só tirou do goleiro. Pra completar o setor ainda tem o Jadson, que recuperou o bom futebol que tinha esquecido no São Paulo. Tem marcado gols e dado muitas assistências. E olha que na reserva ainda tem Danilo, Renato Augusto, o uruguaio Lodeiro, entre outros.

Se não sofrer com contusões ou muitos cartões a tendência é que o Corinthians mantenha o ritmo até o final da competição. O meio-campo é o coração e a alma desse embalado time. Vamos ver até onde ele podem chegar.

Ferrugem foi destaque da Ponte nesse Paulistão

A diretoria do Corinthians insistiu o quanto pôde. Mas o acordo para repatriar o meia Elias não saiu. O pedido do Sporting de Portugal foi o dobro da grana oferecida pelo clube brasileiro. Como opção para essa desistência, o Timão acertou a contratação dos volantes Petros e Ferrugem. O primeiro foi destaque do time do Penapolense, sensação desse Paulistão por eliminar o São Paulo e dar trabalho para o Santos na Vila Belmiro. Ele tem 24 anos e é natural de Juazeiro na Bahia.

Já Ferrugem é destaque da Ponte Preta desde o ano passado. Apesar de ser volante de origem estava atuando como lateral pela direita na equipe do técnico Vadão. É o mesmo menino que sofreu uma grave lesão no joelho na temporada passada. Pelo visto já se recuperou com estilo. Aos 26 anos e com passagens por Brasiliense e Gama, além da Macaca, é claro, ele terá a primeira oportunidade de atuar por uma equipe grande.

Claro que vai ter muito corintiano descontente com a diretoria por teoricamente contratar os dois e não o Elias. Mas vale lembrar que muitos ídolos recentes tiveram esse mesmo destino. São os casos por exemplo do próprio Elias que veio da Ponte; o Leandro Castán e Ralf, ex-Grêmio Barueri; além de Paulinho e Romarinho, que chegaram do Bragantino. Vai que dá certo, né?

Só tem que ver no elenco se não ter exceder o número de volantes. Porque pelo que me lembro já tem um montão por lá. Se bem que pelas informações que tenho o Ferrugem será transformado em lateral em definitivo.