Quando falei não acreditaram…
Neto
Lembro até hoje quando o São Paulo anunciou o zagueiro Lúcio como reforço para a temporada de 2013. Pra mim tratava-se um erro de planejamento. Por ser veterano ele já não contava mais com a força física que sempre foi a grande qualidade que marcou sua carreira de defensor. Mas fecharam o acordo e os torcedores passaram a me xingar, dizendo que ele era craque e pentacampeão. Pois é, o tempo tratou de provar que minha opinião tinha fundamento. O jogador perdeu a posição na bola, caiu em descrédito com a torcida, foi afastado pelo técnico e no final do ano ainda conseguiu a proeza de ser contratado pelo Palmeiras. Talvez mais uma atitude desesperada do presidente Paulo Nobre que até então não tinha grana para contratar reforços.
No Verdão repeti a mesma coisa. Ele estava ultrapassado e não iria render. Me criticaram de novo. Não deu outra: Lúcio não desenvolveu um bom futebol e perdeu a posição para o Nathan, um garoto da base de 17 anos. Na última partida do Brasileirão, contra o Atlético/PR, o zagueirão levou um baile e por muito pouco os palmeirenses não amargaram novo rebaixamento. Resultado? A diretoria viu que fez besteira e em comum acordo rescindiu o contrato dele. Ou seja, me encheram a paciência à toa. A grande verdade é que o Lúcio foi sim um atleta importante para a história do futebol mundial. Disputou 3 Copas do Mundo como titular. Faturou títulos importantes na carreira. Mas sempre pecou pela falta de qualidade técnica. Se superava pela liderança e força. Mas nessa reta final de carreira não dava mais. E quando eu falei ninguém acreditou, hein?