Barcos, o ponta firme
Neto
Ultimamente tenho sido muito crítico com o Palmeiras. Até pela situação vergonhosa que o clube se encontra na classificação do Brasileirão. Mas sempre há uma luz no fim do túnel. E essa luz no Palestra se chama Hernan Barcos. Depois de ser acusado de mercenário por supostamente pedir aumento de salário em um momento de crise, ele respondeu a altura os torcedores e fez uma mega logística para sair da Argentina, onde estava defendendo a Seleção de seu País, para jogar em Salvador na Bahia.
Depois de encarar o Chile pelas eliminatórias na terça-feira à noite, acordou cedo e em menos de 24 horas já estava em campo novamente. Foram dois trechos de avião (perdeu o primeiro vôo programado para a capital baiana), algumas milhas aéreas, a ajuda dos batedores da polícia militar para poder chegar ao estádio de Pituaçu a tempo de entrar em campo como titular. Na realidade ele não chegou a subir com os companheiros no gramado. Tanto é que em seu lugar estava escalado o zagueiro Leandro Amaro. É brincadeira? Resultado: o gringo chegou, começou jogando, tornou o Verdão mais ofensivo e deu o passe do gol de cabeça do Betinho.
No final da partida foi macho de responder com seriedade todas as perguntas dos jornalistas. Como não tem sangue de barata, soltou até uns palavrões. Posteriormente o presidente Arnaldo Tirone disse que não existiu nenhum aumento salarial. Ou seja, esse Barcos foi extremamente ponta firme com o Palmeiras. Um comprometimento compatível com suas boas atuações e gols na temporada. Pra falar a verdade é um comportamento muito raro no jogador de futebol de hoje em dia.