Uma Seleção remendada e improvisada
Neto
Confesso que peguei um pouco pesado com o Mano Menezes nas críticas da última convocação da Seleção Brasileira. Entendi que o grupo relacionado para os amistosos das próximas semanas é basicamente formado por jogadores de idade olímpica. Até aí tudo bem. Mas o que não entra na minha cabeça é relacionar tantos jogadores lesionados ou vindos de longos períodos de inatividade. Vejam o caso dos zagueiros. O David Luiz do Chelsea foi recentemente cortado por problemas musculares. Thiago Silva, do Milan, não joga há quase dois meses por lesão na coxa. Já Juan não apenas fará sua estreia pela Seleção como desde a transferência para a Internazionale, em fevereiro, disputou apenas uma partida pela equipe principal. É brincadeira?
E os exemplos não param por aí. Ganso deixou o grupo para fazer uma artroscopia no joelho. O atacante Alexandre Pato também está há um baita tempo no estaleiro. Sofre com contusões constantes. O que significa dizer que essas quatro partidas servirão muito mais para testar a competência de alguns desconhecidos do grande público do que trabalhar o time definitivo. Ou pelo menos uma base. O que pra mim é um erro.
A realidade é que o cerco está se fechando para o treinador brasileiro. Se ele não demonstrar capacidade na formação de um grupo forte, ele cai antes mesmo de disputar a Copa do Mundo de 2014. Aliás, já disse que pra mim o Mano deverá deixar o cargo o mais tardar após os Jogos Olímpicos de Londres. A não ser, é claro, que traga a medalha de ouro para o Brasil. E as possibilidades são reais. Temos aqui uma geração de ouro. Basta apenas trabalhar continuamente esses meninos e dar padrão de jogo. Coisa que até aqui ele não está conseguindo. Uma pena tantos improvisos.