Rodízio? Só se for de pizza e churrasco!
Neto
Quando Enderson Moreira assumiu o comando do Peixe, talvez orientado por algum dirigente do clube, disse na coletiva de apresentação que tinha como objetivo recuperar o futebol do Leandro Damião, artilheiro nos tempos de Internacional. Até para o presidente conseguir justificar os mais de R$ 40 milhões investidos nos direitos federativos do rapaz. Mas como o menino Gabriel Barbosa, o Gabigol, revelação da base do clube, vinha arrebentando com apenas 17 anos, o treinador resolveu promover um rodízio entre os dois. Cada jogo um entrava como titular da equipe.
Depois de quase um ano de clube, os números vem provando que o Santos atua melhor com o Gabriel em campo. Damião realizou apenas 35 jogos com a camisa do Peixe e marcou modestíssimos 9 gols. Já Gabigol fez 45 partidas e marcou 17 vezes. É o goleador do elenco em 2014. Mas números à parte, com o garoto a equipe também ganha mais movimentação. Da goleada de 5 a 0 contra o Botafogo, por exemplo, ele participou de pelo menos três gols. Com o Leandro Damião a impressão que eu tenho é que o time fica travado, com a necessidade de jogar em função dele.
Diz a lenda que o Oswaldo de Oliveira caiu porque não escalava o Damião. Não posso afirmar que isso seja verdade. Mas na minha visão sempre tem que jogar o melhor. O que produz mais e leva o time às vitórias. Independente de grana envolvida.
Rodízio só vale se for de pizza e churrasco, poxa vida!