Raí pode iniciar um novo ciclo clubista na Seleção
Neto
Depois da demissão do técnico Mano Menezes, fiquei sabendo que tendência é que o diretor de Seleções, André Sanchez, também deixe o cargo na CBF. Até porque ele representaria uma ameaça para a cúpula da entidade, visivelmente contrária aos conceitos do antecessor Ricardo Teixeira. Para o lugar do ex-presidente do Corinthians descobri que o nome que mais agrada ao José Maria Marin é o do ex-meia Raí. Segundo o cartola trata-se de é um sujeito equilibrado e de passagem vitoriosa na Seleção.
Vejam bem, não questiono o Raí. Certamente ele é um bom sujeito, além de ter sido um craque de bola. Mas que experiência o cara tem para executar um projeto tão grandioso na Seleção? Cai na mesma discussão do Dunga, que antes de assumir o comando da Seleção nunca tinha trabalhado como técnico em clube algum.
O curioso é que fatalmente cairemos em uma nova discussão clubista. Ou seja, se antes as pessoas criticavam a CBF por manter muitos corintianos em cargos importantes na Seleção, agora vamos a ver são-paulinos. Ainda mais porque estão estudando a contratação do Milton Cruz como auxiliar. Se bem que esse tem experiência, é competente e merece a lembrança.
Não dá pra cravar nada por enquanto. A CBF promete anunciar a nova comissão técnica da Seleção Brasileira apenas no início de 2013. Só gostaria que os homens que lá estão pensassem mais com a razão e menos com a emoção (inclusive o são-paulino assumido Marin). O que significa a contratação dos melhores em cada função. E não amigos e ídolos. Se não vamos trocar seis por meia dúzia.