Educar e dar exemplos antes de aplicar punições
Neto
A justiça desportiva acabou de suspender por 16 meses o atacante Michael, do Fluminense, por consumo de cocaína. Isso mesmo! O rapaz vai ficar um ano e quatro meses sem poder jogar bola profissionalmente. Bom, longe de mim defender mais ainda a impunidade que há nesse País. Que a justiça sempre seja feita. Que as leis sejam cumpridas. Mas queria abrir uma discussão: será que no caso de jovens atletas a punição por consumo de drogas não poderia ser um pouco diferente?
Vejam só meu ponto de vista: o rapaz tem apenas 19 anos. Ficar quase um ano e meio parado pode decretar o fim da carreira dele. O termino da vida profissional de um jogador promissor. Aí pergunto: não seria melhor reabilitá-lo tendo um acompanhamento social? Desintoxicá-lo usando a paixão pelo esporte? Serviria até como exemplo para outros casos parecidos. O duro é que a ausência dos pais e a falta de base psicológica arrebenta com essa molecada que inicia cedo. Comigo foi assim também. Não é qualquer um que consegue lidar com a fama que vem literalmente do dia pra noite. Afinal futebol é a única profissão que você dorme pobre e acorda rico.
Acho que humanamente o STJD poderia rever essa decisão. Deixem ele jogar. Mas com condições e acompanhamento e tudo mais. Antes de punir temos que educar nossos jovens. O Michael pode ser o início de uma grande reviravolta no esporte brasileiro. Ah, esqueci de falar! O cara tem que estar disposto a sair dessa, né? Senão de nada adianta o apoio.