Aqui do meu quarto no Hospital São Luiz, onde recentemente operei o ombro, estava lendo algumas notícias no UOL Esporte e uma delas me chamou a atenção em especial. Aquela que diz que o São Paulo recusou uma oferta de 38 milhões de Euros do Manchester United pelos direitos federativos do meia-atacante Lucas. Talvez até repetindo a estratégia que o Santos fez com o Neymar. Olha meus amigos, sinceramente estive pensando esses dias se vale a pena segurar tanto um jogador de futebol em um clube.

O são-paulino Lucas recebeu proposta milionária do Manchester United

É claro que o custo-benefício tem que ser muito bem estudado nesses casos. Por exemplo, pouca gente sabe, mas ao término do contrato do Neymar, que será após a Copa de 2014, o Santos não terá direito a nenhum centavo da venda dele. Por isso muita gente duvida que ele fique no time até lá. O presidente Luís Álvaro amarrou algumas cláusulas que para mantê-lo no Peixe o jogador ficará aos poucos com 100% de seus próprios direitos. É certo? É errado? Não sei. Depende do ponto de vista. Mas o que ele conquistou de títulos e trouxe de ‘novos’ torcedores talvez não tenha preço. Agora eu teria vendido ele para o Chelsea lá atrás por 50 milhões de Euros. Essa grana revolucionaria o Santos. E não deixaria a equipe tão dependente de um único jogador.

No caso do são-paulino as diferenças são nítidas. O Lucas é mais participativo e articulado que Neymar. Mas não faz tantos gols e nem é tão decisivo e carismático. Até por isso os 38 milhões de Euros são ainda mais valiosos. Eu venderia na hora. Esse caminhão de dinheiro em um clube como o São Paulo daria um upgrade imenso. É só lembrar que nos anos 90, por muito menos que isso, com a venda do Denílson para o Bétis o estádio do Morumbi foi praticamente reconstruído.

Portanto, entendo quem não pensa em vender. Mas eu venderia. Certamente seria bom para todo mundo. E ídolos e grandes jogadores sempre vem e vão. O que importa mesmo no final é a grandeza e a saúde financeira de cada clube.

*colaborou LEANDRO BASSO NETO