Futebol alemão prova que não é só dinheiro que traz vitórias
Neto
Nunca neguei minha admiração pelo futebol alemão. Lembro que os caras cansaram de chegar em finais de Copa do Mundo. Venceram três com autoridade. A última foi em 1990, naquele esquadrão de Matthaus e Klinsmann. De lá pra cá, mesmo sofrendo com uma entressafra de craques, eles chegaram ao vice-campeonato de 2002 e ao terceiro lugar por duas vezes consecutivas nos dois últimos mundiais.
Ainda assim sempre ouvi gente falando: “A Seleção é forte, mas os clubes não!”. Pois é, a Liga dos Campeões desse ano tem provado justamente o contrário. Bayern de Munique e Borussia Dortmund literalmente massacraram os favoritos Barcelona e Real Madrid, respectivamente. Os dois espanhóis, potências em qualidade técnica e grana no bolso, não resistiram ao tático e eficiente futebol alemão. Dificilmente vão conseguir virar os placares. Portanto é quase certo que a grande decisão seja disputada por alemães. E querem saber? Acho demais! Olha que o Bayern ainda sempre entre com equipes competitivas. Foi vice no ano passado. Mas O Borussia pra mim foi novidade. Surpreendeu. Tem uma das equipes mais baratas da competição. Pelo menos entre as grandes potências.
Enquanto os merengues gastam rios de dinheiro para manter uma linha de frente com Benzema, Di Maria, Higuaín e Cristiano Ronaldo, o Borussia conta no elenco com o polonês Lewandowski, que fez quatro gols no jogo, e não ganha metade desses jogadores “galácticos”. É brincadeira?
É lógico que ter dinheiro para a montagem de um elenco é importante. Diria fundamental. Só que mais importante que ter bons jogadores é ter uma boa equipe. Um bom treinador que saiba implantar uma boa tática. E o futebol alemão sempre foi nota 10 nesse quesito.