Não sou contra veteranos, apenas a favor do futebol bem jogado
Neto
No último sábado escrevi um post questionando a volta do Juninho Pernambucano ao futebol brasileiro. Mais precisamente ao Vasco. A indagação que fiz foi a seguinte: depois de não se adaptar ao futebol norte-americano, será que pela idade avançada não estaria na hora dele parar de jogar profissionalmente? Sem intenção de parecer bairrismo da minha parte, ainda coloquei o próprio Rogério Ceni, ídolo do São Paulo, como outro exemplo. As falhas seguidas embaixo das traves não seria sinal de que ele não está sabendo o momento certo de pendurar as luvas?
Vejam bem, não tenho nada contra a longevidade dentro do futebol. Muito pelo contrário, acho até interessante e surpreendente que alguns caras consigam jogar em alto nível mesmo próximo dos 40 anos. Alguns até ultrapassam essa barreira. Só é preocupante o momento exato de dar um basta sem, digamos, o sujeito estragar o que construiu de bonito no esporte. Olha o Lúcio, zagueiro do Tricolor. O cara disputou três Copas do Mundo e só vem dando vexame. Na última derrota ainda saiu mal-humorado de campo sem falar com a imprensa. Não seria a hora de dar adeus?
Na contramão disso tudo estão atletas como o holandês Seedorf. Bem fisicamente e sobrando tecnicamente, dá pra ver que ele, mesmo aos 37 anos, ainda tem muita lenha pra queimar. É o diferencial do time do Botafogo. A mesma coisa acontece com o Zé Roberto, que acabou de completar 39 anos. Ele é o cérebro e motorzinho da equipe do Grêmio. E a bola que o Alex está jogando no Coritiba? Vem até aqui conduzindo o Coxa a liderança invicta do Brasileirão. É brincadeira? Um monstro!
Portanto, como alguns corneteiros de plantão andaram dizendo por aí, não sou contra os veteranos. Pelo contrário! Só acho que cada um deve tentar saber o momento exato de dizer CHEGA! Para o bem da própria carreira esportiva.