É nessas horas que vejo como futebol é 100% passional. Quando criticava o Joel Santana, dizendo que era o pior técnico com quem tinha trabalhado, os torcedores cariocas enchiam minha paciência. Diziam que ele era motivador, um ‘papai’ para a boleirada, essas lenga-lengas. Mas a realidade é que mesmo tendo evoluído alguns conceitos do meu tempo de jogador para cá, ele não é nem de longe um treinador de alto nível. Essa atual fase no Flamengo é a maior comprovação disso. O comandante peca em muitas atitudes.

Patrícia e Joel estão na mira das críticas da torcida

Uma delas, por exemplo, é a de só colocar moleque em campo. Poxa vida! Até meu filho pequeno sabe que para um time de futebol ter sucesso você precisa unir a experiência de alguns atletas com a vitalidade de outros mais jovens. Mas vejam só, ultimamente só tenho visto garotos da base nas escalações. Claro que tem Vágner Love, Renato, Botinelli e Léo Moura. Mas só eles não bastam em um elenco onde tem 30 ou 40 jogadores. Ainda mais em uma potência como o Flamengo, onde os resultados tem que acontecer imediatamente. Em determinado momento da derrota para o Corinthians o Mengão tinha em campo pelo menos 80% de moleques. E pior: gente que pouco tinha entrado em campo pelos profissionais. Assim fica difícil, né? E não vou nem falar que taticamente o treinador quase sempre se perde. Meu Deus!

Obviamente que a culpa também não é só do Joel. A diretoria também tem uma participação grande nessa péssima fase rubro-negra. Até porque o Flamengo precisa de jogadores de alto nível. Reconhecidos. Não se faz omeletes sem ovos! Tentaram o zagueiro Juan, perderam para o Inter. Tentaram o Riquelme, o cara refugou em cima da hora. O Diego não dá resposta. Até o Adriano pediu pra não treinar mais na Gávea. É brincadeira? O que está acontecendo? Está na hora desses cartolas virem a público para dar explicações. Do jeito que está não dá!