Fim da linha
Neto
É muito triste constatar que o excesso de paparicos e de grana em muitas situações tem sepultado a vida profissional de alguns jogadores talentosos. O ex-botafoguense Jobson é um caso assim. Tinha tudo para brilhar, mas a vida de festas e badalações lhe aproximou de caminhos errados. Deu no que deu. Agora não consegue ter a mesma desenvoltura de antes. Duvido que conseguirá no Grêmio Barueri. Uma pena.
Outro caso é o Adriano. Pela força física e capacidade técnica conseguiu fazer um sucesso tremendo em pouco espaço de tempo. Chegou a ganhar um espaço de destaque pelo mundo do futebol. Mas tudo isso se foi na mesma velocidade em que bebia seus copos de cerveja. Tem sido frequentemente visto em páginas policiais. Só arranja confusão.
Agora ganhou na justiça quase R$ 2 milhões do Corinthians por direitos trabalhistas. Ok. Acordo justo do ponto de vista jurídico. Mas uma baita trapaça com o clube que o acolheu e lhe deu todas as oportunidades de um retorno em alto nível. E posso falar a verdade? Não acredito que ele vá conseguir voltar ao esporte com a mesma capacidade de antes. Quer dizer, isso se ele voltar, né? Nesse migué que está dificilmente terá condições físicas para tal façanha.
Revelado pelo Corinthians, o atacante Jô também tem percorrido uma trajetória errada na carreira. Detonou com a própria imagem no Internacional e agora foi para o Atlético/MG tentar um novo recomeço. Se não tomar jeito também terá um fim triste e cruel.
Esses são só alguns poucos casos de gente talentosa que ainda não caiu na real. Até porque depois que o jogador para de jogar bola, ele fica a mercê da depressão e do fracasso. Afinal não sabem fazer nada além daquilo. E digo isso por experiência de quem viu muita gente nessa mesma situação. Ou rezem para que Deus lhe mostrem um novo caminho na vida. Assim como fez comigo.