Por que não apostar no interino?
Neto
Todos os dirigentes do futebol calçam 40. Ou seja, são todos iguais em suas atitudes, quase sempre influenciados pela paixão pelo clube ou pressão do torcedor. No Palmeiras só se fala em quem vai ser o novo técnico do time principal? Vários nomes já foram cogitados, entre eles o de Vanderlei Luxemburgo, Dorival Junior e mais recentemente do argentino Ricardo Gareca, que foi técnico do Velez Sarsfield entre 2009 e 2013.
Sinceramente não consigo compreender duas coisas: primeiro essa paixão repentina do presidente Paulo Nobre por técnicos argentinos. Afinal antes de renovar com o Gílson Kleina da última vez ele já tinha tentado contratar o Carlos Bianchi, supercampeão com o Boca Juniors, e o ex-comandante da Seleção, o Marcelo Bielsa. Em segundo lugar porque não manter o interino Alberto que vem fazendo um grande trabalho? Poxa vida! Que o elenco é limitado isso não é novidade pra ninguém. Mas o cara já conseguiu três vitórias nos três jogos em que esteve no comando. Tem que ser reconhecido e respeitado.
O palmeirense mais fanático vai dizer que um clube grande como o Palmeiras não pode ser dirigido por um técnico tão inexperiente e desconhecido como o Alberto, que foi um lateral de qualidade com passagens por Flamengo, São Paulo, Atlético/PR e futebol italiano. Mas eu penso diferente. Já vi várias vezes treinadores interinos brilharem. Lembro do Eduardo Amorim, campeão do Paulistão e da Copa do Brasil pelo Corinthians em 95. O Oswaldo de Oliveira também foi campeão do Brasileirão de 99 e do Mundial de 2000 sucedendo o Luxemburgo. No Tricolor teve o ex-goleiro Roberto Rojas que fez grande campanha no Brasileirão e conquistou uma vaga na Libertadores para o clube após 10 anos da última participação.
Pra não ir tão longe vale lembrar do Jorginho, que foi interino no Verdão e fez um excelente trabalho em 2009. Sem o devido reconhecimento acabou substituído tendo cinco vitórias em sete partidas. É brincadeira? O Alberto infelizmente deve ter o mesmo caminho. Ou será que não?