Secou a fonte da Academia?
Neto
Vivendo uma crise técnica entre seus goleiros, a direção do Palmeiras foi atrás de reforços. O clube acertou com Jaílson, que defendia o Ceará na Série B do Brasileirão. Sinceramente não conhecia esse rapaz. Fui levantar os dados e para minha surpresa trata-se de um jogador que era reserva no clube nordestino e está com 33 anos de idade. Aí é brincadeira, vai! Nada pessoal contra ele, mas convenhamos que não é o nome ideal para assumir o gol do Verdão, hein? Ainda mais com essa baita pressão que está rolando.
Pra piorar o novo contratado começou com um azar danado já que o Fernando Prass se recuperou de lesão e deverá voltar ao time titular nos próximos jogos. O que significa dizer que sem querer (querendo?) a direção palmeirense, incluiu-se aí também o técnico Dorival Junior, queimou de vez todos os jogadores da posição que estão no Palmeiras. Ou seja, atestaram que Bruno, Fábio, Rafael Alemão e o Deola não servem mais para a equipe. Na minha visão foi uma espécie de humilhação.
O mais fanático palmeirense vai dizer: DANE-SE, não servem mesmo! Mas a verdade é que esse tipo de atitude dentro de um grupo de jogadores, onde um é amigo do outro, não é bem visto. Expor publicamente o desespero por um atleta da posição pode não ser legal. O ideal era fazer essa reformulação de forma gradativa e pontual. Na linguagem da bola: no ‘migué’. Ainda mais sabendo que o titular está voltando.
Ah, vale lembrar que antes do Prass vir do Vasco, o Verdão não contratava um goleiro há mais de 20 anos. O último tinha sido o paraguaio Gato Fernandez nos anos 90. Nesse período só formou goleiro bom, como Marcos, Sérgio, Velloso e Diego Cavalieri. O que mudou drasticamente para secar tanto assim a fonte de goleiros da academia?