Os clubes deveriam combater o leilão do Milan
Neto
Tudo bem que o tempo faz a gente se acostumar com as altas cifras envolvidas em negociações de futebol. Quando entra clube gringo na parada, então, a coisa ganha uma proporção ainda maior. Mas sinceramente acho um absurdo a presença do tal Adriano Galliani, vice-presidente do Milan, aqui no Brasil para uma espécie de leilão com os jogadores do clube. Talvez as pessoas se esqueçam, mas ele já esteve aqui fazendo algo parecido com o Ronaldinho Gaúcho. Conversou e praticamente acertou com o Palmeiras, quase assinou com o Grêmio e assim inflacionou a ida dele ao Flamengo. Resultado? Negócio da China para os italianos! O mesmo não se pode dizer da parte dos rubro-negros.
Agora novamente Galliani está aqui na ponte aérea Rio-São Paulo para definir o leilão de Robinho e Alexandre Pato. O primeiro é sonho antigo do Santos, mas já foi oferecido ao Flamengo e também ao São Paulo. Totalmente na base do ‘espreme-espreme’. Ou seja, quantos mais Euros, melhor. Tudo indica que a transação seja feita mesmo com o Peixe. Mas os brasileiros vão ter de gastar alto, viu? A mesma coisa acontece com o Pato, que teoricamente só tem o interesse do Corinthians aqui no Brasil. O dirigente italiano já está bem instruído para arrancar o máximo que conseguir dos alvinegros.
Não vou negar que apesar de não gostar, o Milan está na dele. Valorizando o seu produto. Mas acho que os clubes brasileiros deveriam ter um pouco mais de amor próprio e parar de cair nessa estratégia capitalista dos europeus. Afinal, com toda a sinceridade, os jogadores oferecidos não estão assim tão no auge pra valer toda essa grana. E a situação econômica do nosso País também não está tão boa assim para se gastar tanto. Até porque depois pode faltar lá na frente, certo?
Desculpem, mas se estiver errado o tempo vai me dizer.