Não tenho porque ficar patriotando aqui no Blog só porque a próxima Copa do Mundo será aqui no Brasil. A verdade é que estamos caminhando tão em marcha lenta no planejamento para a Copa que se não acordarmos o Brasil vai ser engolido pela Argentina aqui dentro do nosso País. O Felipão precisa acordar e começar a mexer nas coisas certas. Ou seja, convocar quem verdadeiramente vem jogando bola e quem merece vestir a camisa verde-amarela. Os hermanos estão bem a nossa frente nesse quesito. Fora que tem o Messi, né?

Nem queria falar muito desse jogo do Brasil contra a Argentina. Principalmente porque tem apenas fins comerciais. Mas não consigo ficar calado, poxa vida! Afinal trata-se de um baita duelo histórico! No fim dos 90 minutos ficou claro que a Argentina só conseguiu levar a partida para os pênaltis porque o Neymar mais uma vez tentou simular um lance. Se notarem bem o contra-ataque que gerou o segundo gol do Scocco foi ocasionado por mais uma ‘cena’ do santista. Ele se jogou dentro da área. Ficou nítido.

Lateral Fabio Santos em ação pela Seleção

Aliás, mais zica que tiveram os hermanos para cobrar as penalidades, tem o treinador brasileiro que mal consegue vencer uma Seleção de ponta. Impressionante! Se pegarmos o retrospecto desde que ele assumiu o comando da Seleção, só conseguimos bater em babas como Gabão e China. Contra Alemanha e França, por exemplo, derrotas. Aliás, o Brasil do Mano só venceu os argentinos nesse tal Superclássico e sem a turma do Messi, Aguero e Tevez. Quando esses caras jogaram, tomamos pau.

Quero ver sinceramente como será o desempenho brasileiro em 2013, já que além de encararmos amistosos mais fortes, jogaremos a Copa das Confederações. Aí o bicho vai pegar! A verdade é que de uma maneira geral não vejo motivo de festas. Mesmo ganhando a taça foi com mais uma derrota. Mais uma apresentação questionável da nossa Seleção.

O pior é que vendo o Galvão na Globo parece que ganhamos a Copa do Mundo, né? Isso sim é que é valorizar evento. Ridículo!

O ‘Superclássico’ foi cancelado por falta de luz

A falta de energia elétrica no estádio cancelou aquela que seria a grande final do ‘Superclássico das Américas’. Pra falar a verdade, ainda antes já tinha ficado com uma pulga atrás da orelha quando soube que o jogo seria em Resistência, uma cidadezinha pequena do interior do País. Afinal porque ali? Quem ganha levando um baita jogo desses para um lugar tão sem estrutura? Pois é, só quem faturou foram os presidentes das confederações. Os jogadores ganharam sim cansaço mental e um sentimento enorme de vazio. Derrota mesmo tiveram os clubes brasileiros e argentinos que pagam os salários dos caras e não tiveram ninguém seguindo os cronogramas de treinamento. Ridículo! Um exemplo claro da falta de organização e respeito que impera no futebol dos dois países. E agora? Como ficamos?

Direto de Buenos Aires, Argentina

Torcedor maluco pelo Corinthians, desde o nascimento a 40 verões atrás, deparei-me com a possibilidade de ver a História ser escrita. Corinthians na final da Libertadores? Eu vou. E de qualquer jeito.

Cancelei compromissos, adiantei alguns outros e tratei de procurar a melhor forma de garantir o intento. Primeiro obstáculo: Os preços das passagens. Como num passe de mágica, aquela viagem esquecida e indesejada para Buenos Aires no meio da semana, que sairia por módicos R$ 800,00 ou menos, ida e volta, simplesmente dobrou o preço logo após o êxito contra o Santos. Paciência. A paixão tudo tolera e aos especuladores favorece…

A recompensa foi rápida. No aeroporto, me surpreendi com a presença da delegação do Clube. Viajamos no mesmo avião. Duas poltronas atrás da minha dormiam pesadamente Danilo, Liedson, Ralf, Cássio & Cia., os grandes responsáveis pela campanha irrepreensível e inédita. Mais a frente Tite e os integrantes da diretoria. Os flashes pipocavam praticamente a viagem inteira, perturbando o sono dos campeões brasileiros. A fama tem seu preço.

Confesso que fiquei meio atordoado com a presença dos ilustres passageiros. Na hora do desembarque, a ansiedade, a confusão e a presença maciça da imprensa, fez com que eu esquecesse momentaneamente a mala, largada na esteira. Inconscientemente preferi acompanhar a trupe até o ônibus que os levou ao hotel. Quando me dei conta, corri para consertar a bobagem. Felizmente deu tudo certo.

No Hotel, nova surpresa: o elevador lotado com o time, um climão bem descontraído. Eu de intruso no meio, abobado com as circunstâncias. Cheguei ao quarto e agradeci ao criador a oportunidade. E pensar que esses garotos que jogarão na quarta-feira, levam consigo o destino de mais de 30 milhões de torcedores. Me indago se eles têm essa consciência… Espero que não, para que joguem centrados apenas na partida. A verdade é que para nós torcedores, será a felicidade total ou a amargura. Não há espaço para meio termo. Essa é a verdadeira pátria de chuteiras. Por enquanto estou amando tudo isso, com o perdão da citação publicitária. Mas são as únicas palavras que poderiam descrever meridianamente qual a sensação nesse primeiro dia de viagem.