Araújo é a grande novidade do Galo?
Neto
Quem me acompanha sabe que sempre fui um dos maiores defensores do Alexandre Kalil, presidente do Atlético/MG. Na minha visão ele é um cara ousado e que sabe pensar grande com responsabilidade. Lembro que no final do ano passado fiquei animado quando foi divulgado o interesse do Galo em um grande reforço para o ataque. Entre os nomes estavam Diego Tardelli, Robinho e Vágner Love. Qualquer um deles seria sensacional. Em princípio sugeri até o Tardelli, porque dos três é o menos ‘caro’ e tem uma baita identificação como o clube mineiro.
Só que para minha surpresa a diretoria anunciou o Araújo como a tal estrela. É brincadeira, né? Nada contra o atacante, que até recuperou um pouco do bom futebol no Náutico. Mas ele não vai chegar para resolver. Nem aqui, nem na China. Pra falar a verdade a única vez que vi esse atacante em grande fase foi no Goiás e no futebol japonês no início dos anos 2000. Depois só somou altos e baixos na carreira. Talvez o que tenha motivado o Kalil a contratá-lo tenha sido a boa passagem pelo arquirrival Cruzeiro em 2007. Principalmente no início, quando chegou inclusive a ser artilheiro do Estadual.
Só que me desculpem os atleticanos, isso é muito pouco. Não condiz com a mentalidade que o próprio Kalil quis implantar no Galo. Posso até queimar minha língua, mas não acredito que o Araújo renda o que parte dos dirigentes espera. Ainda mais com Jô e Alecsandro no elenco.
Se a ideia do Kalil era surpreender, conseguiu. Mas frustrando os torcedores.
Em tempo: Se o Araújo não é a estrela que tanto se falou (e como o próprio Kalil disse, segundo os blogueiros), então porque contratá-lo? Para compor elenco? Então com a tal cereja serão quatro atacantes de renome mais os moleques da base? Alguém vai bater a cabeça em algum momento. Ter elenco de qualidade é bom, mas inchá-lo de medalhões pode ser perigoso para um planejamento. O Cuca sabe disso. E mais, tenho minhas ressalvas sobre contratar um jogador de 35 anos em baixa na carreira.