Neymar discute com Fernando Torres durante jogo da Copa do Rei

Um dos assuntos mais comentados do momento é a confusão armada por Neymar no jogão entre Barcelona e Atlético de Madrid essa semana pela Copa do Rei da Espanha. Os jogadores do rival dizem que o craque brasileiro faz um tipo de jogo provocativo. Fala e gesticula muito durante a partida. Em determinado momento até o técnico Diego Simeone tentou agredi-lo na saída para o vestiário. Posso falar a verdade? Pra mim existem duas situações bem claras. Em primeiro lugar acho uma baita frescura desses gringos. Futebol além de jogado, muitas vezes é falado sim. E isso desde que mundo é mundo. Lembro que na minha época colecionei ameaças de morte de volantes e zagueiros. Tomava porrada toda hora e os caras xingavam pra caramba. O próprio Simeone era um desses. Joguei contra ele em um Brasil e Argentina e o sujeito era chato demais. Não parava de falar e gesticular. Fazia exatamente o que eles tanto estão criticando o Neymar.

Mas também tem outro ponto de vista que é bom deixar bem claro. Messi e Cristiano Ronaldo, os dois principais craques do mundo na atualidade, não são provocativos dentro de campo. Ambos jogam demais e ficam com a boca fechada. Pelo menos durante os 90 minutos. O CR7 é vaidoso e gosta de ficar no centro das atenções, mas ao que me consta sempre respeitou os adversários. O argentino não precisa nem falar, né? Com a bola rolando é quase mudo.

Ainda assim cada um é cada um. Não acho que por isso o Neymar deixe de ser um monstro jogando futebol. É o principal astro brasileiro em atividade e será assim provavelmente por muitos e muitos anos. Se ele rende mais se comportando de maneira rebelde em campo, que seja. Está o árbitro lá para coibir qualquer exagero. A mídia especializada da Espanha também deverá criticá-lo. Mas se continuar arrebentando e fazendo gols tudo de negativo será esquecido facilmente. Não tenho dúvida disso.