Lusa aos cacos e vivendo um caminho sem volta
Neto
Sou do tempo em que torcer para a Portuguesa não era mera questão de filosofia. O clube se provava forte, montava bons times e sempre estava brigando por títulos na elite do futebol brasileiro. Afinal quem não se lembra, por exemplo, daquela Lusa do Brasileirão de 96? Aquela equipe encantou o País com bons jogadores como Rodrigo Fabri, Zé Roberto e Zé Maria. Foram vice-campeões de uma taça que bateu na trave naquela decisão contra o Grêmio no estádio Olímpico.
Mas os dirigentes que estiveram no Canindé nas últimas duas décadas, em doses homeopáticas, simplesmente sugaram tudo que a Associação Portuguesa de Desportos poderia proporcionar. Muitos deles entraram pobres e saíram ricos. E o pior é que fizeram isso com o discurso de amor à camisa e patriotismo as raízes lusitanas. Até parece, né?
A verdade é que hoje em 2014 a Portuguesa é um clube falido e praticamente sem volta. Tem dívidas astronômicas, time fraco e verba insuficiente para seguir competindo em alto nível. Não à toa coleciona um rebaixamento atrás do outro. E quando não é incompetência dos próprios profissionais conta com uma ajudinha extra-campo, como na temporada passada.
Nesta terça a Lusa amargou um rebaixamento para a Série C. Um caminho que fica difícil enxergar uma volta. Poucas vezes vi o tradicional clube do Canindé tão destruído… em cacos. Se não tiver um investidor forte pra renovar o espírito administrativo a tendência é a Portuguesa fechar as portas. Infelizmente.