Pobre Paulo Nobre! Tendo que lidar com heranças das falidas administrações Tirone e Belluzzo
Neto
Sempre digo em alto e bom som que acho o Wesley um bom jogador. É um volante moderno que além de marcar com qualidade, sabe sair jogando e fazendo a penetração na defesa adversária. Em tese todo time precisa de um cara com a capacidade tática e técnica dele. Mas trata-se de um atleta muito caro para o Palmeiras. Além dos salários (que não são baixos), a direção acertou que pagaria ao Werder Bremem da Alemanha R$ 14 milhões em três parcelas anuais. Poxa vida! Isso é muita grana. Sobretudo para um volante.
E para os mais desavisados ou esquecidos, esse acordo foi feito ainda na gestão do ex-presidente Arnaldo Tirone e do vice Roberto Frizzo. Desesperados talvez com a má fase que o Verdão atravessava, eles saíram em busca de jogadores. Tentaram até pagar uma fortuna ao Riquelme em fim de carreira. Lembram? Pois é, para o bem do palmeirense ainda bem que não virou. Já o Wesley virou. E foi sim um bom reforço. Mas muito caro para o momento.
E na época do Belluzzo? Pelo amor de Deus! Era um baita economista e conseguiu arrebentar com as finanças do clube. Pagou valores astronômicos só para recontratar três ídolos: Kléber, Valdívia e o técnico Felipão. Os dois primeiros já deixaram o Palestra. O chileno ainda está lá. E apesar da boa fase na Série B também compromete boa parte da folha de pagamento atual.
Estou realmente admirado com a nova gestão do Paulo Nobre e do Brunoro. Profissionais sérios e comprometidos com o clube. Não rasgam dinheiro. Vêm sabendo articular as coisas. Já mandaram o Barcos embora para o Grêmio pelas altas dívidas. Com o Wesley a ideia é a mesma (interessa ao Atlético/MG). Cai naquela história: tecnicamente é ruim abrir mão dos dois. Mas se for para o bem do time no futuro, vale a pena tentar.
Quando um cartola erra, critico. Pego pesado. Mas é bom elogiar quando merece. A direção do Palmeiras está de parabéns!