Blog do Neto

Como questionar um ídolo?

Neto

Existe algo que o cronista esportivo mais goste de fazer do que criticar um ídolo? Bastou uma brechinha, muitas vezes na vida pessoal do cara, para todo mundo cair matando. Aí é publicação em capa de jornal, destaque em matéria de TV, internet, entre outras coisas. Foi mais ou menos o que aconteceu com o Pelé. Inquestionável como atleta, teve gente que usou os problemas particulares do 'Rei' para ficar com aquela história de 'O Edson é diferente do Pelé'. Que conversinha fiada, hein?

Capitão, Ceni ergue a taça da Libertadores de 2005

Mal comparando, tenho a impressão que algo similar acontece com o Rogério Ceni. O cara tem no currículo praticamente todos os títulos que um atleta brasileiro poderia alcançar. É um baita de um goleiro e de quebra ainda faz gols. Além de recordista absoluto como artilheiro na posição, é o jogador que mais vestiu a camisa do São Paulo. Foram mais de 1000 jogos em tempos que os jogadores não ficam mais de uma temporada no clube. Ainda assim tem gente que o chama de mascarado e frangueiro. Dá pra acreditar?

Sinceramente só posso ver isso como rivalidade entre clubes. Até porque ninguém é unanimidade mundial. E se nem o 'Rei' conseguiu, o que dirá Rogério Ceni. Me chamam de puxa-saco e baba-ovo do goleiro tricolor. Aceito as críticas. Joguei bola por duas décadas e sei valorizar um ídolo. Um cara que lutou tanto na vida para buscar um espaço. Portanto até que me provem o contrário, sempre estarei do lado ídolo.

E dizer o que de um sujeito que aos 39 anos continua sendo tão atuante e decisivo em um clube grande como o São Paulo? Absolutamente nada! Por isso é bom sentar e reverenciar.