Marín herdou a presidência da CBF

Nunca fui muito afeito a política. Aliás, tirando aquela que naturalmente a gente faz na vida profissional, nunca me interessei por essa área. Mas sou obrigado a opinar nesse caso da CBF. Até porque isso envolve diretamente o futuro do futebol brasileiro. Não tenho a menor dúvida, por exemplo, que essa saída do Ricardo Teixeira foi a melhor coisa que pôde ter acontecido ao esporte nacional. E não vou nem aqui julgar esse senhor como pessoa física. Mas só de acabar essa ditadura na Confederação Brasileira de Futebol já me deixa muito feliz.

Até por isso acho que a atitude mais digna do vice José Maria Marín (aquele mesmo da medalha na final da Copinha, lembram???) seria convocar eleições imediatas entre os presidentes das Federações. Quem sabe até contando com a opinião dos presidentes dos clubes. Sei lá! Seria algo totalmente democrático. Uma posição que honraria o povo do nosso País, que lutou tanto nas 'Diretas Já' por liberdade.

Convocar novas eleições seria uma ótima oportunidade para o Marín apagar aquela história de ter enfiado a medalha no bolso e comprovar que ainda existe decência na política esportiva brasileira. Particularmente acho difícil que isso aconteça. Até porque agora que o Teixeira saiu, o esquecido vice, no alto de seus 79 anos, vai querer colocar suas asinhas de fora. De repente sentir novamente o gostinho do poder. Coisa que compete aos mais vaidosos. Uma pena. Mas vai saber, né? Milagres acontecem…