Limpeza na arbitragem nacional
Neto
Recentemente o árbitro Gutemberg de Paula Fonseca, do Rio de Janeiro, acusou o presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, Sérgio Corrêa, de corrupção. Disse inclusive que teria sido aconselhado a favorecer o Corinthians em uma partida do Brasileirão de 2010. Posso falar a verdade? Não me importa se isso é verdade ou mentira e nem se existe a possibilidade de uma dor de cotovelo por ter sido excluído do quadro da FIFA. Fato é que isso tudo precisa ser averiguado pelos órgãos competentes.
Temos que ir a fundo nessa história para não se repetir o que aconteceu em 2005, quando Edílson Pereira de Carvalho expôs uma máfia que existia na arbitragem brasileira. Situação que tumultuou o Brasileirão daquele ano, fazendo voltar todos os 11 jogos apitados por ele. Naquela ocasião acharam por bem fazer isso. Tentaram passar a limpo todo o futebol nacional. Mas incrivelmente ninguém está preso hoje em dia. Fazer o que, né?
Independente do Gutemberg ter razão ou não nessa história, as acusações são muito graves. Era importante haver uma alternância de poder nessa presidência da comissão de arbitragem. Aliás, como em todos os setores da vida. Isso faria um bem danado ao futebol brasileiro e também dos árbitros honestos, que acredito sinceramente que sejam a maioria. Mas como imaginar a possibilidade disso acontecer se o próprio Ricardo Texeira, que é o chefe dele, está na frente da CBF desde 1989 (lá se vão 22 anos!). É mesmo o fim da picada!