Goleiro anunciou que pendurará as luvas

Quando falo do goleiro Marcos não temo ser repetitivo. Principalmente pelo respeito e admiração que tenho pela figura humana desse cara. É claro que seus mais de 20 anos de carreira, praticamente todos dedicados à Sociedade Esportiva Palmeiras, o enquadram em um hall de jogadores raros. Desses que honram e suam a camisa que o consagra. Nesse dia 4 de janeiro o ídolo anunciou a aposentadoria. Contrariando até a informação que eu tinha de que ele tentaria disputar o Paulistão.

Mas não. O jogador resolveu dar descanso para o próprio corpo, que foi sua ferramenta de trabalho por todo esse tempo. Mas a imagem do eterno goleiro do Verdão, que para muitos é o maior nome da história do clube, ficará para sempre eternizado nas imagens e na memória dos privilegiados que o viram em campo. Foram mais de 530 jogos e muitas alegrias. Talvez a maior, logicamente, o título da Libertadores de 99. O Marcão também foi peça fundamental no pentacampeonato da Seleção Brasileira na Copa de 2002. Pegou demais no gol. Ao lado de Ronaldo e Rivaldo foi o melhor do Brasil naquele Mundial.

É verdade que tivemos um desentendimento sério no início de 2010. Ele não aceitou minhas críticas em um momento ruim da carreira dele. Mas era minha profissão. Tanto é que as faria novamente. Mas fiquei muito contente por termos feito as pazes. Ele entendeu meu lado e eu o dele.

A  verdade é que um ídolo é eterno, mas o jogador não. E infelizmente chegou a hora do grande Marcos. Ao menos terá mais tempo para curtir a vida, sobretudo seus familiares. Vai deixar saudades!