Blog do Neto

O futebol deveria ser usado como exemplo no combate ao racismo

Neto

Tinga sofreu com o racismo da torcida peruana

Tinga sofreu com o racismo da torcida peruana

O meia Tinga foi alvo de manifestações racistas na partida entre Cruzeiro e Real Garcilaso pela Libertadores da América. Toda vez que o brasileiro pegava na bola a torcida peruana fazia um ruído esquisito em alusão a um macaco. Isso foi horrível e todo mundo viu AO VIVO na televisão. Aí pergunto a vocês meus caros internautas: o que aconteceu? Que atitude foi tomada por parte da Conmebol, que é a entidade que administra o futebol sul-americano? ABSOLUTAMENTE NADA!

No clássico italiano entre Roma e Lazio é muito frequente ver ofensas racistas. Brasileiros parceiros meus como Aldair e Cafu, campeões do mundo, sofreram muito com isso por lá. E o que a Federação Italiana fez a respeito? NADA! Na Rússia chegaram ao ponto de arremessar uma banana em direção ao lateral Roberto Carlos. É brincadeira? O cara é mito no futebol e tem que passar por isso. Aí pergunto: o que os russos fizeram pra coibir isso? NADAAAAA!

Poxa vida, ninguém faz nada. Aí esses babacas racistas deitam e rola. A verdade é que o futebol, que mexe com a paixão de milhares de torcedores, deveria ser usado como exemplo pra ao menos tentar coibir esse tipo de coisa. Por exemplo, o correto era a Conmebol eliminar o Real Garcilaso e qualquer equipe peruana de disputar a Libertadores por 5 anos. Queria ver se isso aconteceria de novo por lá.

Infelizmente vai ser difícil extinguirmos o racismo do mundo. Pra falar a verdade, impossível. Mas podíamos tentar melhorar alguma coisa. Para o bem da humanidade.

EM TEMPO: É bom que se diga que a mesma torcida do Cruzeiro que hoje repudia as atitudes racistas dos peruanos, há algum tempo teve atitude homofóbica com o jogador de vôlei Michael, que na época atuava pelo Vôlei Futuro na Superliga. Cantavam em coro a palavra VIADO várias vezes. Um absurdo! Não à toa o clube foi punido pelo STJD com a multa de R$ 50 mil. Preconceito é preconceito. Ridículo, diga-se de passagem. Seja ele qual for.