Apresentação no Timão ao lado do lateral Denys e do então diretor Dualib

Peço licença aos internautas que não são corintianos, e até aqueles que são mas que não vão muito com a minha cara, para lembrar de uma data especial. Talvez o dia em que minha carreira de jogador tenha dado uma verdadeira reviravolta. Há exatos 24 anos, no dia 23 de julho de 1989, eu vestia pela primeira vez a camisa do Corinthians em um jogo oficial. Lembro até hoje de uma sensação diferente. Parecia que de alguma forma, depois de tanta humilhação por parte do Leão no Palmeiras (o clube não tem culpa alguma, diga-se de passagem), eu teria uma chance de dar a volta por cima.

A partida valia pela primeira edição da história da Copa do Brasil. O adversário era o Sampaio Corrêa do Maranhão. Os quase 20 mil espectadores aquele dia achavam que golearíamos os caras. Mas foi difícil e só vencemos graças ao gol do meu parceiro Fabinho, ou ‘Asa’ para os amigos, no comecinho do segundo tempo. Ficamos boa parte do jogo com um a menos porque o cabeçudo do Dama, esse mesmo do ‘Momento Dama’ da Band, foi expulso. É brincadeira?

Antes do apito final o Palhinha, nosso técnico, me substituiu. Saí pensando que ainda precisava provar muito aos corintianos que não era mais o Neto do Palmeiras. Graças a Deus mais tarde tudo correu bem. Obrigado a todos os amigos que lembraram dessa data inesquecível. Com certeza vou guardar com carinho as sensações daquela tarde de domingo.

Tiago Real fez o único gol da vitória alviverde

Sei que sou muito crítico com as coisas do futebol. Quando não gosto de algum time ou de alguma situação costumo descer a lenha. Neste sábado, por exemplo, não fiquei admirado com o futebol apresentado pelo Palmeiras contra o fraco Atlético/GO. É claro que não só eu como boa parte da torcida esperava mais nessa estreia da Série B. Mas a gente tem que reconhecer que começar com vitória é sempre positivo. Sobretudo para um grupo de jogadores tão contestados como esse do Verdão.

E é esse futebol pragmático de resultado que o time do Gilson Kleina deverá apresentar ao longo desse restante de temporada. Não esperem muito mais que isso. Afinal quem imagina uma goleada com um ataque com Kléber e Vinícius? É brincadeira, né? E não é nem menosprezando os moleques, que até são esforçados. Mas a verdade é que nem eles, nem boa parte do elenco tem qualidade técnica para vestir uma camisa tão forte e tradicional como a do Palmeiras. Mas não há grana. Fazer o que?

Gosto do trabalho dessa diretoria e da comissão técnica. O objetivo desde o início do ano era sim retornar à elite do futebol. Todos estão abraçando a causa. Até porque 2014 é o centenário do clube e inauguração da nova e maravilhosa arena. Tem tudo para os áureos tempos surgirem novamente no Palestra. Brotar grana. Basta paciência e aceitar o atual futebol meia-boca da equipe.